31/12/2007

Santo Estevão, o protomártir do Cristianismo

No passado dia 26 de Dezembro celebramos a Festa de Santo Estevão, o padroeiro do Maçal do Chão. Às 14.30 h os devotos de Santo estevão reuniram-se na Igreja paroquial para recordar e e celebrar a vida do primeiro mártir da Igreja.

Ainda hoje, Santo Estevão é seguido por milhões de crianças, jovens, homens e mulheres de todas as raças e nações. O seu testemunho, a sua coragem, o seu gesto generoso (perdou a quem o apedrejou até à morte) cativa e continua a arrastar muitas pessoas.
Ele soube viver as palavras de Jesus no sermão da Montanha: "Felizes os que sofrem perseguição por amor da justiça, porque deles é o reino dos céus".
Porque acredito que Santo Estevão continua a cativar e a arrastar pessoas para Jesus Cristo, a sua festa não poderá deixar de ser celebrada com renovado ardor e fé.
Assim, os jovens André Correia, Daniel Cadete, Patricia Isabel e Rita Guerra foram nomeados como mordomos da Festa de Santo Estevão.
Que Santo Estevão seja para todos um exemplo e um modelo de fé!

De verdadeiras famílias é o que os indivíduos e a sociedade mais precisam

Já o sabemos e acreditamos: a Família de Nazaré – a família de Jesus, Maria e José - é a mais sagrada de todas as famílias. Mas também sabemos e acreditamos que todas as famílias são sagradas.
Na verdade, Deus sonhou e criou o homem e a mulher à sua imagem e semelhança, ou seja, como uma família, já que Deus é uma família: Pai, Filho e Espírito Santo. É a família no seu todo, e não o homem e a mulher considerados individualmente, que é a imagem de Deus, o reflexo do seu ser e da sua vida. À imagem de Deus, a família é uma comunidade de amor geradora de vida!
Deus quis e quer que a vida dos homens na terra seja e se desenrole segundo modelo da vida do Céu, o seja, segundo o modelo da família divina, até porque é a essa meta última que Deus deseja conduzir a humanidade inteira.

Ao enviar o seu Filho ao mundo dos homens, Deus quis que Ele nascesse e vivesse numa família humana. E Deus providenciou-lhe essa família, escolhendo e preparando Maria e José. Até o Filho de Deus, na sua condição humana, teve necessidade de uma família!
Deus quis, como vimos no domingo passado, que José recebesse Maria como sua esposa e assumisse a missão de pai em relação a Jesus. Deste modo, ele passa a fazer parte integrante e insubstituível da sagrada família. Agindo assim, Deus reconhece que Maria, como qualquer mãe, tem necessidade de um marido e que Jesus, como qualquer filho deste mundo, tem necessidade de um pai. Mais, Deus mostra que só com José, o esposo e pai, a família fica completa e perfeita.
É nesta família e como membro desta família que Jesus vive, cresce e se desenvolve “em sabedoria, em estatura e em graça, diante de Deus e dos homens”, isto é, de um modo equilibrado, harmonioso e feliz.

Toda a verdadeira família é sagrada, tem a sua origem em Deus, tem a aprovação e a bênção de Deus. Com efeito, a família, “enquanto comunhão íntima de vida e de amor fundada sobre o matrimónio entre um homem e uma mulher, é uma instituição divina colocada como fundamento da vida das pessoas” (Bento XVI).
  • Fundamento da vida das pessoas. As pessoas só podem viver e realizar-se como pessoas na comunhão de uma família. A família é necessária para todos e ao longo de toda a vida, e não só até ao momento em que cada um atinge a sua maturidade e autonomia. Trata-se de uma necessidade que abarca todo o existir do homem, desde o nascimento até à morte.
    Tanto assim é que o homem e a mulher, quando deixam o pai e a mãe, segundo a primeira página da Bíblia, só o fazem para se unirem um ao outro, ou seja, para formarem uma nova família.
  • Eles vão dar origem a uma nova família, para assim garantirem uma família até ao fim dos seus dias, uma vez que, segundo a normal lógica da vida, os pais partem antes dos filhos. Só dando origem a uma nova família – uma nova comunidade de amor geradora de vida – se perpétua a anterior, se assegura a sua sobrevivência, se garante o seu futuro.
    Por conseguinte, o deixar os pais, o formar uma nova família não significa, não pode significar, não seria justo que significasse renegar a família dos pais ou privar os pais da família, a família a que eles continua a ter direito e da qual continuam a ter necessidade até ao fim da sua vida.
  • Os filhos que partem não podem esquecer ou descurar os seus deveres em relação aos pais, sobretudo quando eles, por motivos de idade ou de doença, mais precisam do seu apoio e do seu amor.
O autor do livro de Ben-Sirá recorda oportunamente esses deveres dos filhos: “Filho, ampara a velhice do teu pai e não o desgostes durante a sua vida. Se a sua mente enfraquece, sê indulgente para com ele e não o desprezes, tu que estás no vigor da vida”.

A ingratidão para com os pais parece ser um mal antigo. A exortação do autor sagrado, a necessidade de dirigir este apelo aos filhos revela que muitos estavam em falta.
  • Hoje, também são muitos. São, infelizmente, cada vez mais aqueles que não cumprem o quarto mandamento das Lei de Deus. Por isso, são muitos os pais que, nas suas próprias casas ou nos lares onde os colocaram, sentem o esquecimento e abandono dos filhos. A solidão a que são votados torna dramática e angustiante a sua vida, constitui o seu maior sofrimento, o mais difícil de suportar! Uma dor intensa e amarga que, normalmente, eles aceitam e vivem no silêncio. O silêncio próprio de quem continua a amar, apesar do seu amor não ser correspondido por aqueles que mais amam!

  • O amor e o apoio aos pais não deve ser entendido nem vivido como um simples dever, muito menos como um peso ou um fardo. Pelo contrário, como uma providencial oportunidade que temos de lhes retribuir um pouco pelo muito que fizeram e continuam a fazer por nós. Digo, continuam a fazer, porque, apesar de limitados fisicamente ou mesmo mentalmente diminuídos, eles continuam a amar-nos, oferecendo os sacrifícios da sua vida e rezando a Deus por nós.
  • Quem ama verdadeiramente os pais, quem vê neles a imagem mais fiel de Deus (os pais são, na realidade, a imagem mais próxima Deus, são o que temos de mais sagrado na terra!), quem tem consciência de que existe e de que deve o que é ao amor continuado e sofrido dos pais, esse considera uma sorte e sente-se feliz por poder fazer e sofrer alguma coisa por eles.
  • Além disso, deve ter presente a generosa recompensa de Deus: “a tua caridade para com o teu pai nunca será esquecida e converter-se-á em desconto dos teus pecados”. Vede quanto vale aos olhos de Deus a caridade para com os pais! Ela obtém-nos o perdão dos pecados!


Aqueles que não amam e não cuidam dos pais, também não serão, por sua vez, bons pais em relação aos seus filhos. Esses não cumprirão responsavelmente a sua missão de pais, não construirão verdadeiras famílias.

De verdadeiras famílias é o que os indivíduos e a sociedade mais precisam.

Voltaremos a falar da família no dia de Ano Novo, já que o tema escolhido pelo Santo Padre para o próximo Dia Mundial da Paz é precisamente este: “Família humana, comunidade de paz”.
Entretanto, olhemos para a Sagrada Família de Nazaré, aprendamos com ela a ser família e imploremos a sua protecção para a nossa e para todas as famílias do mundo.

26/12/2007

Mensagens de Natal

"Não são poucas as regiões do mundo onde o simples ir à Igreja constitui um testemunho heróico que expõe a vida da pessoa à marginalização e à violência. No mundo de hoje, os cristãos ainda são perseguidos, presos e torturados por causa da sua fé em Cristo, e algumas vezes, também sofrem e morrem pela sua comunhão com a Igreja universal e pela fidelidade ao Papa”.

Bento XVI


"O afastamento de Deus, ou o seu esquecimento e negação, constituem o maior drama da humanidade. Aconteceu, tantas vezes, em nome da autonomia do homem e da sua liberdade, pensando que pela sua inteligência e engenho podia atingir a plenitude da vida".

D. José Policarpo, Cardeal Patriarca de Lisboa
"É urgente que os políticos e outros responsáveis pela vida pública assumam a coragem de construir um futuro equilibrado, de tal maneira que sejamos um País e uma nação onde todos têm vez e voz”.
D. Manuel Felício, Bispo da Guarda

24/12/2007

A Todos um Feliz Natal


Aproveito para desejar a todos a presença viva de Jesus no coração, que Ele nasça todos os dias em cada um.
BOM NATAL

22/12/2007

Natal, origem e tradições

O Natal é um tempo como nenhum outro, na vivência comunitária e familiar, tendo gerado um pouco por todo o país e o mundo modos próprios de o celebrar e de lhe apreender o significado.

A Igreja, na sua missão evangelizadora, quis dedicar um tempo para aprofundar, contemplar e assimilar o Mistério da Encarnação do Filho de Deus, tempo este que conhecemos como o Natal.

O dia 25 de Dezembro não é, necessariamente, a data histórica do nascimento de Jesus em Belém, na Judeia, no ano 748 da fundação de Roma. O "Dies Natalis" ou "Natalis Domini" foi marcado no dia 25 de Dezembro pela Igreja, com o Papa Libério, desde o século IV, a fim de suplantar a festa pagã do deus Sol, "Dies natalis invicti solis", celebrada no solstício de Inverno.

A própria designação de Natal parece ter maior conexão com a tradição cristã, do latim "Natalis" que significa nascimento. No entanto, existem muitas outras versões para a origem da palavra, algumas das quais saídas da tradição pagã, como a de "Noio hel" que significa Novo Sol.

Por outro lado, a árvore que antes era adorada por si própria ou como símbolo de vida, foi associada à celebração cristã. Para afastar os fiéis da prática de festas idolátricas, a Igreja quis ressaltar que a verdadeira luz que ilumina todo homem é Cristo e a celebração do seu nascimento na carne humana é a solenidade própria para afirmar a autêntica fé no mistério da Encarnação do "Verbo", solenemente afirmada nos quatro concílios ecuménicos de Niceia, Éfeso, Calcedónia e Constantinopla contra as grandes heresias cristológicas.

Os primeiros dados históricos relativos à festa do nascimento de Jesus Cristo remontam ao ano 336, em Roma. A eles estão ligados dois acontecimentos determinantes:
  • o Édito de Milão, em 313, pelo qual o imperador romano Constantino deu liberdade de culto aos cristãos,
  • e a existência de uma festa pagã, iniciada por Aureliano, no ano de 274, a 25 de Dezembro, em que se divinizava o sol, comemorando-se o seu "nascimento".
  • Na Igreja do Oriente, o Natal, como manifestação ou "Epifania" de Jesus, celebra-se no dia 6 de Janeiro.

A solenidade da Epifania passou para o Ocidente nos finais do séc. IV, pretendendo-se celebrar a vinda dos magos, a consequente manifestação de Jesus Cristo como Senhor de todos os povos, luz do mundo. Os textos bíblicos não especificam o dia ou mês do nascimento de Jesus. O Natal, a sua origem e tradições seguem a tradição captada por São Lucas (2,4- 7), o nascimento de Jesus aconteceu em Belém de Judá, a terra do rei David, de cuja linhagem era José, o esposo de Maria. Nos Evangelhos se afirma que Maria "deu à luz um filho e [José] pôs-lhe o nome de Jesus" (Mt 1,25) e que Maria "teve o seu filho primogénito, que envolveu em panos e recostou numa manjedoura, por não haver lugar para eles na hospedaria" (Lc 2,7).

A tradição cristã situa o nascimento numa gruta, dado que vem de vários evangelhos apócrifos. O Livro da Infância do Salvador, dependente do influente Protoevan-gelho de Tiago (séc. II), queria pôr em relevo a virgindade de Maria. E conta que, tendo chegado a Belém, José procurou um sítio para ela dar à luz. Viu um estábulo solitário e estabeleceu-se lá. E foi em busca de uma parteira. Segundo o Evangelho do Pseudo-Mateus, nº 14, o nascimento de Jesus numa gruta contou com a presença do boi e do burro. É desse texto que provém a tradição cristã de os colocar no presépio.

O nascimento terá ocorrido, efectivamente, no ano 6 ou 7 a.C. O início da era cristã, fixado por Dionísio, o Exíguo (c. sécs. VVI), foi mal calculado, pois o rei Herodes morreu no ano 4 a.C. Com São Leão Magno, o Papa do concílio de Calcedónia, deu-se a essa solenidade o fundamento teológico, definindo-a como "sacramentum nativitatis Christi" para indicar seu valor salvífico.

Na piedade popular, o Natal goza de grande popularidade, por focar Jesus Menino no ambiente familiar. São tradições ligadas ao Advento a coroa de ramos com quatro velas que se vão acendendo sucessivamente nos quatro Domingos deste tempo; a novena do Natal, que se deve enquadrar no espírito dos dias 17 a 24, em que, nas Vésperas, se cantam as antífonas maiores ou do "Ó"; e a preparação próxima do Natal.

Com o Natal inauguram-se o presépio e a árvore do Natal armados nas igrejas, casas, montras de estabelecimentos e até nos largos das povoações. O Natal é um tempo como nenhum outro, na vivência comunitária e familiar, tendo gerado um pouco, por todo o país e no mundo, modos próprios de o celebrar e de lhe apreender o significado.
Fonte: ecclesia

11/12/2007

Obrigado Maçal

Mais uma vez, os Trovadores de Deus festejaram o Magusto! Este ano foi o Maçal do Chão que nos recebeu... e que bem que nos receberam!

A nossa tarde começou com a Eucaristia, estávamos um pouco receosos porque alguns trovadores não puderam estar presentes (devido a uma coisa fantástica chamada: estudos ) mas correu muito bem, as pessoas da terra também foram acompanhando os cânticos e foi um belo momento que passámos juntos.

Ao sair da Igreja já cheirava a Magusto! Já estavam duas fogueiras acesas e as castanhas estavam prontinhas. Enquanto comíamos e bebíamos a bela da geropiga (e que boa que ela era) aproveitámos para nos aquecer que o dia estava fresco!

Quando estávamos a pensar que o nosso magusto estava a terminar eis que nos chamam para o lanche, diríamos mesmo, um banquete! Tal como alguém referiu há mais ou menos um ano atrás a culpa não é nossa de estarmos praticamente em todas as fotos a comer, estava lá, não íamos deixar estragar não é?

Como se não bastasse estava-nos reservada uma surpresa! Depois de nos terem pedido para subir ao palco cantaram-nos os Parabéns pela existência do grupo de jovens, houve champanhe e tudo!

Digam lá que não foi uma tarde bem passada?
E por isso, estamos muito gratos a quem fez com que isso fosse possível.
Obrigada Maçal do Chão pela dedicação e pelo carinho com que nos receberam.
Beijos
Sandra Olival in Blog Trovadores de Deus

08/12/2007

TER FÉ... COMO A IMACULADA

Ter fé é ACEITAR os desígnios de Deus ainda que não os entendamos, ainda que não nos agrade. Se tivéssemos a capacidade de ver o fim desde o princípio tal como Ele vê, então poderíamos compreender por que às vezes nossa vida é conduzida por caminhos estranhos e contrários a nossa razão e aos nossos desejos.

Ter fé é DAR quando não temos, quando nós mesmo necessitamos. A fé sempre encontra algo valioso onde aparentemente não existe; pode fazer que brilhe o tesouro da generosidade em meio à pobreza e ao desamparo, enchendo gratidão ao que recebe e ao que dá.

Ter fé é CRER quando é mais fácil ficar na dúvida. Se a chama da confiança em algo melhor se extingue em nós, então não há outro meio que não nos entregarmos ao desanimo. A crença NAS nossas bondades, possibilidades e talentos, tanto como nos nossos semelhantes, é a energia que move a vida fazendo grandes vencedores.

Ter fé é GUIAR a nossa vida não com os olhos, mas sim com o coração. A razão necessita de muitas evidências para arriscar-se, o coração necessita só de um raio de esperança. As coisas mais belas e grandes que a vida nos dá não se podem ver, nem sequer tocar, só se podem acariciar com o espírito.

Ter fé é LEVANTAR-SE quando se está caído. Os revezes e fracassos em qualquer área da vida entristecem-nos, porém é mais triste ficar a lamentar-se no frio chão da autocompaixão, acompanhado pela frustração e a amargura.

Ter fé é ARRISCAR-SE na troca de um sonho, de um amor, de um ideal. Nada que vale a pena nesta vida pode se conseguir sem esta dose de sacrifício, que implica desprender-se de algo ou de alguém, a fim de adquirir algo que melhore o nosso próprio mundo e o dos demais.

Ter fé é VER positivamente a vida à frente , não importa quão incerto pareça o futuro ou quão doloroso foi o passado. Quem tem fé faz de hoje um fundamento do amanhã e trata de vivê-lo de tal maneira que quando fizer parte de seu passado, possa vivê-lo como uma grata recordação.

Ter fé é CONFIAR, porém confiar não somente nas coisas, mas sim o que é mais importante... nas pessoas. Muitos confiam no material, porém vivem relações vazias com seus semelhantes. Certamente sempre haverá gente que traíra tua confiança; assim o que temos a fazer é seguir confiando sendo mais cuidadoso com aqueles em quem confiamos.

Ter fé é BUSCAR o impossível: sorrir quando os dias se encontram nublados e teus olhos estão secos de tanto chorar. Ter fé é não deixar nunca de cobrir teus lábios com um sorriso, nem sequer quando está triste, porque nunca sabes quando teu sorriso pode dar luz e esperança à vida de alguém que se encontra em pior situação do que a tua.

Ter fé é CONDUZIR-SE pelos caminhos da vida da mesma forma que uma criança segura a mão de seu pai. É entregarmos nossos problemas nas mão de DEUS e nos jogarmos em seus braços antes de cair no desespero. Ter fé é descansarmos para que ELE nos carregue, em vez de carregar nós mesmos nossa própria coleção de problemas.

QUE EM TUA VIDA HAJA SUFICIENTE FÉ
PARA ENFRENTAR AS SITUAÇÕES DIFÍCEIS,
JUNTO COM A NECESSÁRIA HUMILDADE
PARA ACEITAR O QUE NÃO SE PODE MUDAR.

05/12/2007

D. Manuel Felício dá novas orientações pastorais para a Iniciação Cristã

A cúria Diocesana da Guarda acaba de publicar um texto com o título “Orientações pastorais para a Iniciação Cristã”.

Depois de um longo tempo de reflexão e consultas variadas, que demorou mais de um ano, o documento apresenta normas que foram elaboradas para ajudar os párocos e outros agentes pastorais e actuar com unidade de critérios na pastoral da Iniciação Cristã e da formação na Fé.

Depois de dizer o que é a Iniciação e o Catecumenado, o texto dá orientações para a prática pastoral em toda a nossa Diocese, nas seguintes situações:
  • Baptismo das crianças nos primeiros dias de vida;
  • Baptismo de crianças em idade de catequese;
  • Primeira Comunhão e Sacramento da Confirmação;
  • Adultos que pedem o Baptismo;
  • Iniciação Cristã e formação permanente de adultos baptizados em criança.

Recomenda-se vivamente a leitura e aplicação destas normas por todos os agentes pastorais, a começar pelos sacerdotes, para termos unidade de critérios, ao decidir sobre as várias situações aí contempladas”, refere D. Manuel Felício, Bispo da Guarda, em relação ao documento.

03/12/2007

História do Advento

Desenvolvimento histórico do tempo litúrgico do Advento.

Não pode ser determinada com exactidão quando foi introduzida na Igreja a celebração do Advento. A preparação para a festa de Natal não deve ser anterior à existência da própria festa, e desta não encontramos evidência antes do final do século IV quando era celebrada em toda a Igreja, por alguns no dia 25 de Dezembro, por outros em 6 de Janeiro.

Por razões históricas, a festa do nascimento de Cristo não pode ser celebrada, publicamente, nos primeiros séculos da Igreja. Apenas em 313, passou a ser reconhecida e protegida pelo Imperador romano, Constantino.
Alguns anos mais tarde, por volta de 330, esta festa foi instituída, para dar um sentido novo a uma festa pagã, que lhe era anterior: a festa do solstício de Inverno, que tinha sido criada por Aureliano, no ano de 274. Com esta festa, os romanos celebravam antecipadamente a fertilidade dos campos e o “nascimento” do sol. Os cristãos deram uma dimensão totalmente original, substituindo o astro-sol pelo “Verdadeiro Sol”, o “Sol da Justiça”, o único que traz a vida ao mundo, Jesus Cristo.

Lemos nas actas de um sínodo de Zaragoza, em 380, um cânon que prescreve que desde 17 de Dezembro até à festa da Epifania ninguém deveria faltar na igreja.

Temos duas homilias de São Máximo, Bispo de Turim (415-466), intituladas "In Adventu Domini", mas não fazem referência a nenhum tempo especial. O título pode ser a adição de um copista.

Existem algumas homilias, provavelmente a maior parte de São Cesáreo, Bispo de Arles (502-542), nas quais encontramos menção de uma preparação antes do Natal; todavia, a julgar pelo contexto, não parece que exista nenhuma lei geral sobre a matéria.
Um sínodo desenvolvido (581) em Macon, na Gália, em seu nono cânon, ordena que desde o dia 11 de Novembro até ao Natal o Sacrifício seja oferecido de acordo com o rito quaresmal nas Segundas, Quartas e Sextas-feiras da semana.

O Sacramentário Gelasiano anota cinco domingos para o tempo; estes cinco eram reduzidos a quatro pelo Papa São Gregório VII (1073-85).

A colecção de homilias de São Gregório Magno (590-604) começa com um sermão para o segundo Domingo de Advento.

No ano 650, o Advento era celebrado na Espanha com cinco Domingos. Vários sínodos fizeram cânones sobre os jejuns a observar durante este tempo, alguns começavam no dia 11 de Novembro, outros no 15, e outros com o equinócio de Outono. Outros sínodos proibiam a celebração do matrimónio.

Na Igreja grega não encontramos documentos sobre a observância do Advento até ao século VIII. Teodoro o Estudita (m. 826), que falou das festas e jejuns celebrados comumente pelos Gregos, não faz menção deste tempo. No século VIII, desde o dia 15 de Novembro até ao Natal, é observado não como uma celebração litúrgica, mas como um tempo de jejum e abstinência que foi posteriormente reduzido a 7 dias.

Mas um concílio dos Rutenianos (1720) ordenava o jejum de acordo com a velha regra desde o 15 de Novembro. Esta é a regra ao menos para alguns dos Gregos. De maneira similar, os ritos Ambrosiano e Moçárabe não têm liturgia especial para o Advento, mas somente o jejum.

30/11/2007

A NOVA ENCICLICA "Spe salvi" (Salvos pela Esperança)

Spe salvi (Salvos pela esperança) é o título da segunda encíclica de Bento XVI, dedicada ao tema da esperança cristã, num mundo dominado pela descrença e a desconfiança perante as questões relacionadas com o transcendente.
"O homem tem necessidade de Deus, de contrário fica privado de esperança". O Deus em que os cristãos acreditam apresenta-se como verdadeira esperança para o mundo contemporâneo porque lhe abre uma perspectiva de salvação.

Bento XVI considera que só é possível viver e aceitar o presente se houver "uma esperança fidedigna" e destaca a importância da eternidade, não no mundo actual - "a eliminação da morte ou o seu adiamento quase ilimitado deixaria a terra e a humanidade numa condição impossível", mas como "um instante repleto de satisfação, onde a totalidade nos abraça e nós abraçamos a totalidade".

"Deus é o fundamento da esperança, não um deus qualquer, mas aquele Deus que possui um rosto humano e que nos amou até ao fim: cada indivíduo e a humanidade no seu conjunto".

A carta do Papa, hoje divulgada pelo Vaticano, defende que só Deus é a "verdadeira esperança" e aborda por diversas vezes a questão da "vida eterna", frisando que "ninguém se salva sozinho".

O documento começa por apresentar um enquadramento teológico da esperança cristã, a partir dos textos bíblicos e dos testemunhos das primeiras comunidades eclesiais. O Papa apresenta ainda os ensinamentos de vários Santos da Igreja a respeito do tema da encíclica e escreve que "conhecer Deus" significa "receber esperança".

Depois de negar que Jesus tenha trazido uma mensagem "sócio-revolucionária", Bento XVI aborda a questão da evolução para afirmar que "a vida não é um simples produto das leis e da casualidade da matéria, mas em tudo e, contemporaneamente, acima de tudo há uma vontade pessoal, há um Espírito que em Jesus se revelou como amor".

O Papa cita, entre outros, Platão, Lutero, Kant, Bacon, Dostoievski, Engels e Marx para falar de esperança e de esperanças, de razão e liberdade, da construção de um mundo sem Deus que pretende responder aos anseios do ser humano.

"Nenhuma estruturação positiva do mundo é possível nos lugares onde as almas se brutalizam".

Construções ideológicas

Para além das reflexões teológicas e filosóficas, o texto aborda sistemas e ideologias. "O homem não é só o produto de condições económicas nem se pode curar apenas desde o exterior, criando condições económicas favoráveis", indica o texto papal, ao criticar o "materialismo" marxista.

Bento XVI diz mesmo que "não existirá jamais neste mundo o reino do bem definitivamente consolidado" e que mesmo as melhores estruturas "só funcionam se numa comunidade subsistem convicções que sejam capazes de motivar os homens para uma livre adesão ao ordenamento comunitário".

“Se não podemos esperar mais do que é realmente alcançável de cada vez e de quanto nos seja possível oferecerem as autoridades políticas e económicas, a nossa vida arrisca-se bem depressa a ficar sem esperança”.

Quanto ao progresso científico, a encíclica alerta para as "possibilidades abissais de mal" que se têm aberto e pede uma "formação ética do homem" para que este progresso não se transforme numa "ameaça para o homem e para o mundo".

"Não é a ciência que redime o homem. O homem é redimido pelo amor", assinala, numa crítica às pretensões do pensamento moderno.

Numa linha de continuidade com a sua primeira encíclica, Bento XVI sublinha a dimensão comunitária da esperança e refuta as críticas de que a salvação proposta pela fé cristã seja "fuga da responsabilidade geral". "O amor de Deus revela-se na responsabilidade pelo outro".

A segunda parte deste documento teológico apresenta uma série de lições, considerações mais práticas sobre a vivência da esperança.

O Papa indica que rezar “não é retirar-se para o canto da própria felicidade e que “o nosso agir não é indiferente diante de Deus” nem para “o desenrolar da história”. “A capacidade de sofrer por amor da verdade é medida de humanidade”.

Neste ponto, Bento XVI adverte quem optou pela indiferença perante o amor, a verdade ou o bem, assinalando que “não é a fuga diante da dor” que cura o homem.

“A capacidade de sofrer por amor da verdade é medida de humanidade”.

A nova encíclica acaba por fazer referência ao ateísmo e a quantos querem “um mundo que deve criar a justiça por sua conta”, esquecendo que “Deus sabe criar a justiça”.

O chamado “juízo final” surge, assim, como um “apelo à responsabilidade e como um resposta “à impossibilidade de a injustiça da história ter a última palavra”. Por isso afasta a ideia de uma restauração universal e fala de inferno e purgatório, porque “com a morte a opção de vida feita pelo homem torna-se definitiva”.

“Como cristãos, não basta perguntarmo-nos como posso salvar-me, devemos antes perguntar: o que posso fazer para que os outros sejam salvos e nasça, também para eles a estrela da esperança? Então, terei feito também o máximo pela minha salvação pessoal”.
Leia a Nova Enciclica aqui

25/11/2007

Os jovens testemunham a sua fé aos outros jovens





O grupo de jovens "Trovadores de Deus" promoveu mais um convivio. E como já é habitual, reinou a alegria. O magusto foi um bom motivo... para reunir toda a comunidade do Maçal do Chão.
Obrigado a todos os que colaboraram para tornarem possível este convivio.

24/11/2007

O magusto uma boa ocasião para "cimentar" amizades

Depois do Crisma a caminhada de Fé não terminou. Agora é a ocasião de testemunhar a todos a alegria que inunda o coração de cada um. Por isso mesmo, amanhã todos os jovens são convidados a participar na Eucaristia e no magusto-convivio.
A professora Marilia em nome do Grupo "Trovadores de Deus" fez um apelo sentido a todos os crismandos para que deixassem actuar o Espirito Santo nos seus corações. A inserção num grupo de jovens é certamente uma boa proposta para aqueles que querem continuar a aprofundar a sua fé.


Vem e participa.


Eucaristia - 14.00 h
Magusto - Convivio

20/11/2007

Vinde Espírito Santo derramai sobre nós os vossos dons

Depois de uma longa preparação, foram muitas as quintas feiras que tiveram que percorrer o caminho até Celorico, no Sábado quatro adultos do Maçal do Chão, receberam o sacramento do Crisma.
Foi um momento especial.
Nos seus rostos transparecia a alegria que inundava o coração. O rosto, como dizia alguém, é o verdadeiro espelho da alma.
Receberam o Crisma como adultos, o que os levou a viverem o momento com mais profundidade e entusiasmo.
São adultos já comprometidos na Igreja e que agora, com a força do Espírito Santo, vão certamente continuar a ser testemunha de fé.
"Vinde Espírito Santo e derramai sobre nós os vossos dons".

16/11/2007

ELE está de olhos em ti...


ELE:

  • Conhece (-te)
  • Ama (-te)
  • Procura (-te)
  • Chama (- te)

VEM CONHECER JESUS... QUE CATIVA!

15/11/2007

Sê generoso para com os Seminários

Dia 17 - Celebração do Crisma (a nível Arciprestal) - Igreja de Santa Maria - 15.00 h

Dia 18 - Eucaristia - 15.00 h

SEMINÁRIO:
  • Escola de formação Sacerdotal (uma história que começou em 1601... e continua a escrever-se hoje. Nos últimos 75 anos, o Seminário Maior da Guarda deu à Diocese 327 sacerdotes!!! Actualmente temos 20 seminaristas);

  • Um espaço aberto a outros serviços (residência para sacerdotesaposentados, Escola de Música Sacra, Serviços diocesanos - pré-Seminário - Vocações - Tribunal Eclesiástico - Catequese - Liturgia - Missões - Arte Sacra - EMRC);

  • A vida desta instituição faz-se com 200.000 euros anuais. Grande parte é fruto da generosidade de muitos cristãos.


05/11/2007

"Hoje a salvação entrou nesta casa".

Hoje a salvação acontece na vida de Zaqueu, “porque Zaqueu também é filho de Abraão”. Zaqueu também está abrangido pela promessa da salvação de Deus, do Deus que ama todos os homens, mesmo os maiores pecadores.

  • A salvação acontece, porque Jesus “veio procurar e salvar o que estava perdido”. Jesus também veio procurar Zaqueu, tal como o pastor procura a ovelha perdida, manifestando-lhe o amor misericordioso de Deus.

  • A salvação acontece, porque Zaqueu foi ao encontro de Jesus, recebeu-O em sua casa, acolheu-O na sua vida, deixou-se tocar por Ele, aceitou o desafio de uma vida nova.
  • A salvação acontece, porque Jesus não receia aproximar-se dos publicanos e de conviver com Eles. Jesus não teme nem o inibem as murmurações e a desaprovação dos fariseus. Pelo contrário, resiste-lhes com frontalidade, pondo de manifesto as suas contradições.
  • A salvação acontece, porque Zaqueu também não se deixa vencer pelos preconceitos. O desejo de ver Jesus sobrepõe-se a tudo o que as pessoas possam dizer ou comentar a seu respeito. Nesse sentido, ele corre à frente da multidão e sobe a uma árvore.
Depois, vem o encontro pessoal e íntimo com Jesus. Para conhecer e acreditar, para que a salvação possa acontecer, é necessário escutar, privar de perto, partilhar a vida, abrir a mente e o coração à graça de Deus.

“Hoje entrou a salvação nesta casa…” .
Nesta casa onde, segundo os critérios dos fariseus, Jesus não deveria entrar; aconteceu na vida de um homem que, segundo os critérios dos mesmos fariseus, Jesus deveria evitar. A salvação aconteceu na vida de Zaqueu, porque Deus não se deixa condicionar nem aprisionar pelos critérios dos homens. Os homens não podem impor limites ao amor de Deus! Não podem ser eles a dizer quem é que Deus deve ou não salvar!
Por isso mesmo, Jesus salva aquele homem que os fariseus já tinham condenado, que eles consideravam como excluído e rejeitado por Deus. Se Deus fosse como os fariseus queriam e imaginavam que fosse, seria um Deus que não conviria aos homens!
A salvação acontece na vida de Zaqueu e são vários os sinais a testemunhar isso mesmo: a alegria com que recebe Jesus, a confissão das suas culpas e o arrependimento que manifesta, a reparação dos danos causados e a partilha dos seus bens.
A salvação gera vida nova, uma nova atitude do homem em relação a Deus e em relação ao seu semelhante. Zaqueu, convertido a Deus, torna-se particularmente solidário e generoso em relação aos pobres, aos quais dá metade dos seus bens.

31/10/2007

No céu, seremos felizes e plenamente felizes!

No Céu, seremos felizes e plenamente felizes! Caso contrário, não seria Céu! Seremos felizes, antes de mais, porque estaremos junto de quem mais nos ama – Deus - e nos envolve e enriquece eternamente com o seu amor.
• No Céu seremos felizes, não porque teremos lá todos os bens e riqueza que desejámos possuir na terra, mas porque possuiremos o mais excelente de todos os bens – a vida de Deus! Lá, já não desejaremos os bens da terra nem sentiremos pena dos bens que cá tivermos deixado!
• Seremos felizes, não porque teremos uma bela vivenda para viver à nossa vontade, sem termos que nos encontrar com quem não gostámos de viver nesta vida, mas porque conseguiremos gostar de todos e viver em perfeita comu-nhão com todos os que lá vivem!
• Seremos felizes, porque no Céu não há stress e isso é mesmo muito bom! Na terra, temos pouco tempo e muitas coisas para fazer; temos muitas coisas para fazer e temos pouco tempo para amar. No Céu, teremos toda a eterni-dade só para amar!
• No Céu, teremos sossego assegurado, porque ninguém engana ninguém. Lá, não é possível o fingimento. Todos sere-mos transparentes e puros de coração. Lá, ninguém rouba o lugar de ninguém, ninguém tenta passar pelo que não é nem sobrepor-se aos outros para chegar mais longe. Lá compreenderemos que a felicidade de cada um depende da felicidade de todos. Lá não é possível sacrificar a felicidade de ninguém.
• No Céu, apesar de aí vivermos para sempre, não haverá cansaço nem tédio. O Deus que criou um mundo tão imen-so e tão variado, para nele passarmos tão breve tempo, como não terá colocado todo o seu brio e engenho (o brio e o engenho do seu amor infinito) ao criar o Céu, onde viveremos eternamente com Ele!
A vida do Céu é luz e verdade, amor e comunhão, paz e alegria! A vida do Céu é Deus, é ver a Deus face a face, tal como Ele é. No Céu seremos felizes e não nos cansaremos de o ser, porque atingiremos a plenitude do que desejamos e somos chamados a ser! E nós desejamos e somos chamados por Deus a ser felizes e a sê-lo eternamente.

29/10/2007

PRECISAMOS DE SANTOS...

... sem véu ou batina;
... de calça jeans e tênis;
... que vão ao cinema, ouvem música e passeiam com os amigos;
... que coloquem Deus em primeiro lugar, mas que se "lascam" na faculdade;
... que tenham tempo todo dia para rezar e saibam namorar na pureza e castidade;
... modernos, Santos do século XXI com uma espiritualidade inserida em nosso tempo;
... comprometidos com os pobres e as necessárias mudanças sociais;
... que se santifiquem no mundo;
... que não tenham medo de viver no mundo;
... que bebam Coca-Cola e comam hot dog, que usem jeans, que sejam internautas;
... que amem a Eucaristia e que tomem um refrigerante ou comam pizza no fim-de-semana com os amigos;
... que gostem de teatro, de música, de dança, de desporto;
... sociáveis, abertos, normais, alegres, companheiros;
... que estejam no mundo e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo, mas que não sejam mundanos.

João Paulo II

27/10/2007

Festival e roteiro... do Borrego

A Câmara de Celorico da Beira promove, de hoje até dia 3 de Novembro, um festival do borrego, com o objectivo de divulgar aquela iguaria gastronómica local. O evento, que é realizado pela primeira vez, inclui uma feira do borrego, a ter lugar na freguesia de Carrapichana, e um roteiro gastronómico que envolverá 21 restaurantes do concelho.

Borrego guisado, recheado, grelhado, assado no forno, caldeirada e feijoada de borrego, são algumas das ementas que os visitantes poderão apreciar durante o evento.

As raças do Queijo da Serra
Os pastos do concelho de Celorico da Beira apascentam, anualmente, cerca de 30 mil ovelhas das raças "bordaleira" e "churra mondegueira".
São duas variedades particularmente apreciadas pelos gastrónomos mais exigentes, sendo a Bordaleira da Serra da Estrela, desde sempre, seleccionada para a produção de leite, o qual se utiliza na produção do famoso Queijo da Serra da Estrela. Aliás, a ligação da raça ao queijo já era cantada pelo dramaturgo português do século XVI, Gil Vicente, no "Auto dos Pastores".


Fonte: Diário das Beiras

23/10/2007

Horários

Dia 4 - Eucaristia e Romagem ao Cemitério - 14.00 h

16/10/2007

Horários

Dia 21 - Eucaristia -15.00 h

Peditório para as Missões

08/10/2007

O 5º, 6º e 7º anos de Catequese iniciam Quarta Feira um novo ano

O princípio do ano escolar é um tempo propício, favorável e imprescindível no percurso pedagógico, no processo educativo das Escolas e no itinerário catequético das Comuni-dades cristãs. As famílias vivem este tempo com encanto, com interesse e com esperança, porque aqui se situa o horizonte de uma necessária e saudável complementaridade entre as famílias e tantos outros agentes educativos que se completam nesta missão única e comum - a missão de educar.
O educador cristão deve aprender a pedagogia vivida na escola dos discípulos de Jesus, o Mestre, deixando-se moldar pelos critérios do Evangelho e pelos paradigmas das Bem-aventuranças e encontrando em cada novo dia de Catequese a alegria, a coragem e o gosto de educar. O educador cristão deve procurar na oração, na escuta da Palavra e na celebração da fé e dos sacramentos ouvir Deus e viver de Deus para depois falar de Deus, da sua vida e do seu amor, àqueles a que é enviado a ensinar e a educar.
Educar é para o cristão falar de Deus e da mensagem do Evangelho de Jesus, o Filho de Deus. Educar é falar com Deus na oração dos educadores, das famílias e das comunidades.
Educar é, finalmente, revelar uma coerência de vida no testemunho de pais e de educadores na certeza de que se aprende sempre mais nos exemplos do que nas palavras.
A educação não pode silenciar Deus, não deve esquecer Deus, porque sempre que isso acontece é a vida humana que perde sentido e a sociedade que se desencontra do seu rumo histórico.
Na próxima Quarta-Feira, pelas 15.30 h,
iniciamos a Catequese do 5º, 6º e 7º Anos.
É um grande esforço a nível Arciprestal.
Concentrar todos aqueles que querem aprofundar os seus conhecimentos e avançar na sua vida de cristãos num único espaço (Centro Pastoral D. João de Oliveira Matos) não é fácil, mas é o futuro. As condições fisicas e pedagógicas são incomparavelmente melhores. Certamente, os pais que estão convictos da importância da formação religiosa dos filhos, irão empenhar-se e a colaborar connosco.
Participa e colabora na educação cristã do teu filho.

07/10/2007

“Não te envergonhes de dar testemunho de Nosso Senhor”.

Entre as obras da fé sobressai a de dar testemunho de Jesus Cristo. “Não te envergonhes de dar testemunho de Nosso Senhor”.

Ser verdadeiro discípulo de Jesus implica :
• sê-lo com lucidez e convicção, com coragem e ousadia, e dá-lo a conhecer com a própria vida;
• estar preparado e disposto a sofrer por Cristo, pelo seu Evangelho, pelo Reino de Deus;
• sê-lo todos os dias, em todos os lugares e em todas as circunstâncias, colocando-se sempre do lado da verdade e do bem;
• remar contra a corrente da sociedade, defendendo a vida, o casamento e a família (os bispos europeus falaram do assunto recentemente), bem como os princípios e os valores morais que devem pautar os comportamentos e as relações entre as pessoas.

Não ter vergonha (dar testemunho) de celebrar a fé:
1. participando na Eucaristia dominical (mesmo que muitos outros o não façam),
2. confessando-se (mesmo que já sejam poucos a fazê-lo),
3. rezando sozinhos ou com a comunidade, privada-mente ou em público (mesmo que sejam objecto de crítica ou olhados com desprezo).
4. Não ter vergonha de entrar na Igreja (nos funerais ou nos casamentos), mesmo se muitos ficam do lado de fora;
5. e de abrir a boca para rezar, mesmo se muitos só a abrem para falar;
6. não ter vergonha de se afirmar como cristão mesmo nos ambientes mais adversos.

Quando se tem vergonha ou medo,
Quando se age condicionado pelas pessoas que nos rodeiam,
Quando evitamos as situações que exigem de nós uma tomada de posição,
Quando deixamos de dizer verdades inconvenientes para não ferir susceptibilidades,
Quando o nosso comodismo é mais forte do que a nossa fé…
significa que não somos verdadeiros discípulos de Jesus
e não merecemos levar o nome de cristãos
.

Não te envergonhes e dá testemunho de Nosso Senhor. Através de ti, Jesus deseja tornar-se visível e próximo das pessoas, dialogar com elas e falar-lhes ao coração, mostrar-lhes como Deus as ama e as quer salvar.
Que através de ti, da tua vida e das obras da tua fé, os homens possam descobrir e entender as vantagens de acreditar em Deus e de seguir Jesus Cristo. Que olhando para ti, captando a alegria e a coerência da tua vida, os homens possam sentir-se impelidos a louvar e glorificar a Deus, o Pai que está no Céu!

25/09/2007

"Nós somos apenas administradores"

Vivemos numa sociedade globalizada, em que o dinheiro parece mandar em tudo...
Para muita gente, ter dinheiro significa poder e prestígio...
Qual deve ser a atitude cristã diante das riquezas?

No Evangelho, Cristo conta a Parábola do ADMINISTRADOR DESONESTO. (Lc 16,1-13)

Naquela época, os administradores deviam entregar ao empresário uma determinada quantia; o que conseguissem a mais ficava para eles.
O que fez o administrador? Renunciou ao que lhe cabia nos negócios. Ele entendeu que, no futuro, mais do que dinheiro, precisava de amigos. Por isso, renunciou ao dinheiro, para conquistar amigos. O dinheiro poderia perder seu valor e por isso apostou tudo nos amigos. Esta é a escolha prudente que Jesus aconselha a fazer: saber renunciar coisas lícitas para conseguir o melhor (o Projecto de Deus).

Porém o mundo em que vivemos, o dinheiro é o deus fundamental e tudo deixa de ter importância, desde que a conta bancária cresça.
  • Para ganhar mais dinheiro, há quem trabalhe 12-15 horas por dia, num ritmo de escravo, e se esqueça até de Deus, da família, dos amigos e de saúde;
  • Por dinheiro, há quem venda a sua consciência e renuncie aos princípios em que acredita;
  • Por dinheiro, há quem não tenha escrúpulos em sacrificar a vida ou o nome dos seus irmãos;
  • Por dinheiro, há quem seja injusto, explore os operários,
    se recuse a pagar um salário justo...

E TU até onde serías capazde ir, por causa do dinheiro?

A aposta obsessiva no "deus dinheiro" não é o caminho mais seguro para construir valores duradouros, geradores de vida plena e de felicidade.

As riquezas não devem ser obstáculo à Salvação, mas um meio para fazer amigos "nas moradas eternas."

Só Deus é o dono de tudo o que existe...
Nós somos apenas administradores
...

19/09/2007

Catequese - Um novo recomeçar...

Hoje, não se nasce cristão. Porque para ser cristão já não basta ter uma série de hábitos (ir à missa) e fazer uns tantos gestos (fazer a Primeira-Comunhão, ir às procissões, …).

Começando em qualquer idade, quem quiser ser cristão tem de se preparar. Tem de ser iniciado. Passar por um processo de transformação interior que o leva a identificar-se pessoalmente com Cristo.

O projecto de catequese aponta para isso mesmo: para iniciar a vida cristã.
  • Iniciar na Fé
    Já lá vai o tempo em que catequese era sinónimo de decorar listas de palavras incompreensíveis para a idade. Quem quer ser cristão, quer conhecer melhor esse Jesus Cristo em que se aposta. Conhecer não apenas de “ouvir dizer” mas em profundidade. Um conhecer que não se fica pela memória mas que é verdadeira intimidade com Ele. A catequese não se contenta com admirar o homem extraordinário que foi Jesus de Nazaré. Descobrimos que Ele é a imagem verdadeira de Deus. Para lá do que cada um “acha”, reconhecemos que Jesus de Nazaré é a palavra definitiva de Deus.
  • Iniciar na Celebração
    A realidade de Jesus de Nazaré não é um acontecimento do passado. Na catequese descobrimos que Ele está presente e actuante ainda hoje. A Igreja, grupo dos seguidores apaixonados de Jesus, tem vários gestos e experiências em que Ele se torna presente. Aí, nos sacramentos, é possível encontrá-lO. Deixar que a sua força renovadora transforme a nossa vida. A catequese não se contenta em dizer que é preciso participar nos sacramentos. Ajuda a celebrar com autenticidade.
  • Iniciar no seguimento do Senhor
    Quem descobriu Jesus como a única palavra que dá sentido e esperança quer viver como Ele viveu. A catequese ajuda o catequizando a ultrapassar o modo “velho” de viver. Não se limita a dizer como é que o cristão deve viver. Ajuda-o a pôr em prática, em cada idade e circunstância, os convites de Jesus: “Tu, vem e segue-me”.
  • Iniciar na Oração
    A catequese que queremos inicia e introduz na relação viva e pessoal com o Deus vivo. Esta relação aumenta na oração pessoal e comunitária. Uma oração criativa, autêntica que traz à vida a frescura da Palavra de Deus.
  • Iniciar no compromisso
    Desde cedo, aqueles que vão experimentando o que é ser discípulo de Jesus, sentem o desejo de partilhar essa experiência com outros. A catequese ajuda, em todas as fases, o catequizando a dar testemunho e a convidar outros para a mesma alegria. “Encontrámos o Messias”!

Após o período de férias tão necessário para recarregarmos energias, retomaremos as nossas actividades, certamente com mais vigor e entusiasmo.

Em Catequese nunca nos podemos sentir de férias, pois o dever de catequizar e ser catequizado é contínuo e permanente. Mesmo assim, as actividades da “Catequese organizada” são suspensas durante os meses de Julho e Agosto para proporcionar aos seus participantes a oportunidade de formas diferentes de valorização pessoal.

Voltamos agora com vivências novas e diferentes que, postas em comum, nos poderão enriquecer mutuamente.

Assim ao iniciarmos a catequese pede-se aos Pais que colaborem com os catequistas:

  • entusiasmando os seus filhos e velando pela sua assiduidade e pontualidade;
  • acompanhando-os à Eucaristia;
  • comparecendo nas reuniões;
  • tentando superar possíveis dificuldades de horários ou outras;
  • apresentando sugestões.

E nunca se esquecendo que “os pais são os primeiros catequistas de seus filhos, pois a isso se comprometeram no dia do seu Baptismo”.

18/09/2007

Padres têm que trabalhar mais por falta de novos sacerdotes

D. Manuel Felício reconhece dificuldades no recrutamento de vocações e na formação de padres, mas sublinha que não há sobrecarga.

A crise de vocações e a dificuldade na formação de novos padres na Diocese da Guarda “está a ser superada com a compreensão dos padres que se dispõem a mais trabalho”. D. Manuel Felício reconhece dificuldades no recrutamento de vocações e na formação de padres, mas sublinha que não há sobrecarga de serviço na Diocese da Guarda, composta por 115 párocos para 371 paróquias.
“Para fazerem o que faziam há 50 anos, estão sobrecarregados. Para fazer o que devem fazer, distribuindo por outros a co-responsabilidade, não estão sobrecarregados”.
“Nós temos 371 paróquias, mas temos paróquias com 100 habitantes que não têm capacidade de se organizar. Portanto, haja cinco paróquias com 100 habitantes a funcionar como se fosse uma só e isso está bem”. “Para nós haver muitos padres já não é a mesma coisa que era há 50 ou há 40 anos. O importante é que haja um número de padres razoável que nos permita garantir que as paróquias e grupos de paróquias funcionem com programas e serviços comuns”.

RÁCIO NÃO ESTÁ DESAJUSTADO
“Nós estamos habituados a ter uma tradição que é a de atribuir a cada paróquia um pastor próprio, mas isso passou e nem seria bom que voltasse, porque tiraríamos a iniciativa a outros, nomeadamente aos leigos e a outros serviços”.
D. Manuel Felício defende ser necessário “educar o nosso povo para voltar a sua atenção para o que é essencial”. O rácio de párocos e paróquias “não está desajustado” realçando que a Diocese da Guarda precisa de muitos sacerdotes, “às vezes seis e sete”, para atender às necessidades de paróquias como as da Guarda, Seia e Fundão, que têm entre 15 e 30 mil habitantes.
Nos últimos dois anos foram ordenados sete padres na Diocese da Guarda.
Fonte: Diario XXI

12/09/2007

"Senta-te a pensar..."

Pensar na vida à luz de Deus, do Deus que nos criou por amor, que criou um mundo maravilhoso a pensar em nós, que nos concedeu capacidades e graças extraordinárias, que tem um projecto de vida para nós, que tem um Céu à nossa espera, que tem uma eternidade de amor para nos dar!
Parar e pensar, para descobrir o sentido e o valor da vida, o caminho que devemos percorrer, a missão que somos chamados a realizar, o mundo que devemos ajudar a construir e a meta onde devemos chegar!
A vida é demasiado bela e valiosa para não pensarmos nela, para não nos maravilharmos com ela, para ser gasta em banalidades! É necessário sentarmo-nos a pensar antes das grandes opções e decisões da nossa vida.
  • Sentar-se e pensar antes do casamento: O nosso amor é suficientemente forte e sincero para podermos assumir um compromisso de vida comum para sempre? Temos um ideal e um projecto de vida capazes de animar, sem monotonia nem cansaço, o nosso amor e a nossa vida familiar? Estamos realmente preparados e conscientes das exigências inerentes ao matrimónio? Queremos mesmo celebrar o sacramento com fé e na graça de Deus? ou o que nos anima é apenas o banquete, as prendas, as fotografias, a festa?
  • Sentar-se e pensar antes do baptismo dos filhos: Conhecemos Jesus e acreditamos nele como o Filho de Deus e o Salvador dos homens? Sentimo-lo como importante e necessário para a nossa vida e para a vida do nosso filho? Estamos em condições de O dar a conhecer, com credibilidade e eficácia, pela palavra e pelo testemunho de vida? Queremos que o nosso filho nasça como filho de Deus e pertença à Igreja de Cristo? A nossa vida e a nossa prática cristã constituem uma garantia de que o educaremos segundo a lei de Cristo e da Igreja? Queremos mesmo que ele seja cristão de verdade ou pretendemos apenas que seja baptizado, sendo apenas cristão de nome?
  • E na hora de escolher os padrinhos, temos em conta a sua idoneidade humana e cristã? Escolhemo-los, sem ter em conta os critérios e as exigências da Igreja e depois queixamo-nos da Igreja (e do padre) porque não aceita os padrinhos que escolhemos? O que está mal é a Igreja não aceitar como padrinhos pessoas sem um mínimo razoável de vida cristã ou os pais escolherem essas pessoas ou essas pessoas quererem ser padrinhos (quando não querem ser cristãos)? Antes de escolher é preciso pensar? E quando não pensamos antes, devemos assumir o nosso erro e não culpabilizar o padre por não ser como nós queremos. Não tem que ser como nós queremos, mas como Cristo quer e a Igreja propõe! Só assim tem sentido e só assim somos coerentes!

Sentar-se e pensar que, para ser discípulo de Jesus, é necessário renunciar a todos os bens. Os nossos bens, muito mais do que a nossa riqueza, são a nossa vida, a nossa família e os nossos amigos. Mas estes são bens aos quais não se pode nem se deve renunciar! Estes são bens essenciais à nossa vida humana e Jesus não quer, não pode querer que renunciemos a eles. O que Jesus pretende é que lhe dêmos o primeiro lugar e subordinemos tudo ao Reino de Deus. Isto faz parte da cruz de cada dia.
Mas quando pensamos e compreendemos quem é Jesus e o que Ele fez por nós, o que Ele nos promete e garante, descobrimos que aquilo que Ele nos pede não tem em vista complicar ou tornar difícil a nossa vida. Pelo contrário, o que Jesus nos propõe, precisamente porque nos ama, só tem em vista o nosso bem, a nossa salvação.

08/09/2007

A Natividade de Nossa Senhora é a festa do seu nascimento

É celebrada desde o início do cristianismo, no Oriente. E no Ocidente, desde o século VII. O profundo significado desta festa é o próprio Filho de Deus, nascido de Maria para ser o nosso Salvador.
Em seu Sermão do Nascimento da Mãe de Deus, o Pe. António Vieira diz: "Perguntai aos enfermos para que nasce esta Celestial Menina. Dir-vos-ão que nasce para Senhora da Saúde; perguntai aos pobres, dirão que nasce para Senhora dos Remédios; perguntai aos desamparados, dirão que nasce para Senhora do Amparo; perguntai aos desconsolados, dirão que nasce para Senhora da Consolação; perguntai aos tristes, dirão que nasce para Senhora dos Prazeres; perguntai aos desesperados, dirão que nasce para Senhora da Esperança; os cegos dirão que nasce para Senhora da Luz; os discordes: para Senhora da Paz; os desencaminhados: para Senhora da Guia; os cativos: para Senhora do Livramento; os cercados: para Senhora da Vitória. Dirão os pleiteantes que nasce para Senhora do Bom Despacho; os navegantes: para Senhora da Boa Viagem; os temerosos da sua fortuna: para Senhora do Bom Sucesso; os desconfiados da vida: para Senhora da Boa Morte; os pecadores todos: para Senhora da Graça; e todos os seus devotos: para Senhora da Glória. E se todas estas vozes se unirem em uma só voz (...), dirão que nasce (...) para ser Maria e Mãe de Jesus". (Apud José Leite, S. J., op. cit., Vol. III, p. 33.).

04/09/2007

Madre Teresa de Calcutá, 10 anos depois

A 5 de Setembro de 1997, o coração de Madre Teresa de Calcutá deu o último suspiro. Passados dez anos, a obra que a "santa das sarjetas" ergueu continua viva e o seu sorriso perdurará. Esta data ficará na história do século XX. Durante a sua vida, ela simbolizava o amor aos mais carenciados. Aquela frágil mulher tinha uma força inesgotável e colocava em prática as palavras do Evangelho: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Mt 22, 39).

Com o final do milénio à porta desapareceu a mulher que se entregou aos "mais pobres dos pobres" e deixou muitos corações desamparados. Uma paragem cardíaca, depois de várias pneumonias e crises de malária, "levaram" Madre Teresa. Viveu com o coração, o coração a matou. A humanidade perdeu alguém que, por nada ter nem poder, tinha toda a autoridade porque ninguém conseguia dizer não a um pedido que ela formulasse.

Calcutá chorou, provavelmente, como nenhuma outra cidade do mundo, a morte desta mulher que escolheu a gigantesca metrópole indiana para viver toda uma vida ao serviço daqueles que não tinham ninguém. "Era uma verdadeira santa admirada por todos os indianos, independentemente da sua religião" - sublinhavam os habitantes de Calcutá.

Vocação precoce

Em Skopje, capital da Macedónia, pequena cidade com cerca de vinte mil habitantes, nasceu, a 26 de Agosto de 1910, Ganxhe Bojaxhiu. A sua família era católica e pertencia à minoria albanesa que vivia no Sul da antiga Jugoslávia. Um dia após o seu nascimento, Ganxhe recebeu o Baptismo e a sua educação teve lugar numa escola estatal durante os tristes anos da Primeira Guerra Mundial. Com um timbre de voz muito suave e harmonioso, a pequena Ganxhe tornou-se solista do coro da igreja da sua aldeia e, mais tarde, chegou a dirigir esse mesmo coro paroquial.

Ainda criança, Ganxhe entrou para a Congregação Mariana das Filhas de Maria que tinha uma filial na sua paróquia. Os mais pobres da região recorriam à Igreja para diminuírem as suas carências. Ganxhe sentia a sua vocação a crescer ao assistir a esta actividade de assistência aos mais carecidos.

"Aos pés da Virgem de Letnice escutei um dia o chamamento que me apelava a servir Deus" - disse, posteriormente, Madre Teresa e, confessou ainda, que descobriu a intensidade do chamamento "com uma grande alegria interior". Quando completou 18 anos, o apelo à vida religiosa tornou-se irresistível para a jovem e, a 25 de Dezembro de 1928, partiu de Skopje rumo a Rathfarnham, na Irlanda, onde se situa a Casa Geral do Instituto da Beata Virgem Maria.

Ganxhe tinha como ideal ser missionária na Índia e um sacerdote jesuíta contribuiu para esta doação aos mais pobres devido à informação de que, na Índia, as freiras dessa congregação faziam um "excelente" trabalho.

Depois de uma longa viagem, a futura religiosa chegou à casa das Irmãs de Nossa Senhora do Loreto. A estadia em Rathfarnham foi um porto intercalar já que embarcou rumo a Bengala. Durante a primeira semana esteve em Calcutá e daí viajou até Dajeerling, ao seminário da Congregação fundada pela missionária Mary Ward.

Feitos os estudos e chegada a hora de professar os votos temporários de Pobreza, Castidade e Obediência - 24 de Maio de 1931 - Ganxhe escolheu o nome de Teresa. De acordo com as constituições da Congregação do Loreto devia mudar de nome. "Escolhi chamar-me Teresa" - contou anos depois, devido à figura inspiradora de Santa Teresa D'Ávila. No entanto "não foi pela grande Teresa que escolhi o nome - disse - mas sim pela pequena: Santa Teresa de Lisieux". Encarregada de dar formação espiritual às "Filhas de Santa Ana" - hoje formam uma congregação autónoma - Teresa absorveu o estilo de vida bengali e, posteriormente, transmitiu-o às suas freiras, quando criou as "Missionárias da Caridade".


Uma viagem luminosa

O momento da viragem aconteceu de forma imprevista. Num dos seus relatos, Teresa conta que, a 10 de Setembro de 1946, numa viagem para o convento de Dajeerling, onde ia fazer os exercícios espirituais, enquanto rezava sentiu um "chamamento dentro do chamamento". A mensagem era clara: "devia deixar o convento do Loreto (em Calcutá) e entregar-se ao serviço dos mais pobres e viver entre eles". Com a "iluminação divina", Teresa sentiu uma hesitação: como realizá-la. Este dia de Setembro ficou marcado na história das Missionárias da Caridade e, obviamente, no livro da vida de Madre Teresa como o "Dia da Inspiração".

Teresa de Calcutá pensava nos pobres da cidade que todas as noites morrem pelas ruas e, na manhã seguinte, são lançados para os carros de limpeza como se fossem lixo. Não se habituava a este "terrível espectáculo matinal". Queria fazer algo em prol daqueles esqueléticos a pedir esmola na rua e a esperar que o tempo os levasse.

A luz recebida no trajecto de Calcutá para Dajeerling foi objecto de meditação no retiro de Teresa. Este terminou numa pergunta muito concreta: "Que poderei fazer por estes infelizes?".

Abandonado o hábito da Congregação do Loreto, a Irmã Teresa comprou um sari branco, debruado de azul e colocou-lhe no ombro uma pequena cruz. Foi com esta nova indumentária - o vestido duma modesta mulher indiana - que passou a ser conhecida no mundo inteiro.

A vida da religiosa sofreu novos contornos e quando a Santa Sé reconheceu a Congregação - 7 de Outubro de 1950 pelo Papa Pio XII - a instituição da Madre Teresa de Calcutá contava com centenas de membros em todo o mundo. Primeiro, começou a levar os moribundos para um lar onde eles pudessem morrer em paz e com dignidade. De seguida, abriu um orfanato. De forma gradual, outras mulheres se lhe uniram neste projecto. Nasceu uma nova Congregação religiosa - "Mis-sionárias da Caridade" - para se dedicar aos mais pobres entre os pobres.

A luz do projecto ganhou raízes no solo fértil e as vocações começaram a surgir. Neste viveiro vocacional - muitas das mulheres que aderiram foram antigas alunas - Madre Teresa vê uma bênção de Deus. Sem operações de marketing, o trabalho da consagrada albanesa ganhava visibilidade e as vocações para "Missionárias da Caridade" surgiam a bom ritmo.

De abrigo em abrigo, Teresa de Calcutá dava - mais do que donativos - lições de higiene e moral, palavras amigas e as mãos sempre prestáveis para qualquer trabalho. Não foi preciso muito tempo para que todos a conhecessem. Quando ela passava, crianças famintas e sujas, deficientes, enfermos de toda a espécie, gritavam por ela com os olhos inundados de esperança: Madre Teresa! Madre Teresa!

Luís Filipe Santos - AE

28/08/2007

Santo Agostinho: a vida é uma contínua procura de Deus

Hoje é dia do grande Sto. Agostinho.

Nasceu em Tagaste (África) no ano 354. Depois de uma juventude perturbada, quer intelectualmente quer moralmente, converteu se à fé e foi baptizado em Milão por S. Ambrósio no ano 387. Voltou à sua pátria e aí levou uma vida de grande ascetismo. Eleito bispo de Hipona, durante trinta e quatro anos foi perfeito modelo do seu rebanho e deu lhe uma sólida formação cristã por meio de numerosos sermões e escritos, com os quais combateu fortemente os erros do seu tempo e ilustrou sabiamente a fé católica. Morreu no ano 430.

Gigante do pensamento e da sensibilidade, deixa uma obra, ainda hoje, ungida com o manto da genialidade.
Da sua trajectória sobressai o essencial: a vida é uma procura de Deus. Como ele mesmo refere no imortal De Trinitate, importante é procurar. «Procuremos como quem há-de encontrar e encontremos como quem há-de voltar a procurar, pois é quando parece que tudo acaba que tudo verdadeiramente começa».

25/08/2007

"O Cristianismo sociológico não é solução" - D. Manuel Felício

2 mil fiéis da Guarda em Fátima

Mais de dois mil diocesanos participaram, a 22 e 23 de Agosto, na Peregrinação Anual da Diocese da Guarda ao Santuário de Fátima.

Na noite de Quarta-feira, 22 de Agosto, os peregrinos participaram, no Centro Pastoral Paulo VI, na celebração penitencial, com confissão individual, e na vigília nocturna que se lhe seguiu.

Na homilia da Eucaristia de Quinta-feira, celebrada no Recinto de Oração e na qual participaram mais de cinco mil pessoas (incluindo o grupo da Diocese da Guarda), D. Manuel Felício disse: “Estamos em peregrinação para louvar a Deus através de Nossa Senhora e para aprender com Ela quem é Jesus e como viver até às últimas consequências a Sua Mensagem Evangélica. Viemos de muitos lugares, cada um com as suas preocupações, com as suas esperanças e também com as suas dificuldades. Nossa Senhora a todos acolhe e tem com certeza para cada um a resposta de que precisa”.

Esta peregrinação ao Santuário de Fátima, realizada sempre na penúltima semana de Agosto, marca o início do novo Ano Pastoral na Diocese da Guarda. “Estamos a iniciar um novo Ano Pastoral, pois cada Ano Pastoral, em sintonia com o ritmo de funcionamento das escolas, leva-nos geralmente de Setembro a Julho. Este novo Ano é mais uma oportunidade que Deus nos dá pessoalmente, nas nossas famílias e nas nossas comunidades, para progredirmos no processo da conversão, da renovação pessoal e comunitária, pela identificação com Cristo e pela fidelidade no Seu seguimento”, afirmou D. Manuel Felício.

Esta fidelidade a Cristo, explicou o Prelado, é o que pretende a iniciação cristã, enquanto meio através do qual “cada um de nós fica a conhecer as verdades fundamentais da Fé, experimenta o gosto de a celebrar sobretudo nos Sacramentos e em particular na Eucaristia do Domingo; descobre que a sua prática de vida, o seu comportamento, tem de estar de acordo com a vontade de Cristo”.

“Todos damos diariamente conta de que o Cristianismo sociológico não é solução, como nunca foi; a única solução é criar condições para que a Fé seja uma escolha pessoal e cada um".

Fonte: ecclesia

18/08/2007

"Eu vim trazer o fogo à terra que quero eu senão que se ascenda".

Esta é uma frase que facilmente pode ser manipulada pelos homens.
Ninguém, porém, a utilize para justificar os incêndios, as guerras, os terramotos, as calamidades ou as desavenças familiares...

Com esta afirmação, Jesus apresenta-se como sinal de contradição no interior da sociedade e da nossa própria família. Ele pelo que é e pelo que ensina exige que as pessoas tomem posição. Uns optarão por Jesus e outros contra. E é por isso que Ele será fonte de divisão...


Jesus provoca divisões porque:
  • anuncia a Verdade, as muitos não querem perder as vantagens da mentira.

  • proclama o Amor que não agrada àqueles que cultivam o egoísmo

  • defende a Justiça o que não convem àqueles que conseguem subir na vida à custa das injustiças;
  • incentiva à Solidariedade e isso não agrada àqueles que não tem vergonha de se aproveitarem da miséria dos outros (não sejamos insensíveis às vitimas do terramoto do Peru);
  • proclama a Paz que não agrada àqueles que só podem dominar com a violência;

  • proclama o Espírito de Pobreza que não agrada àqueles que põem na riqueza toda a sua confiança.

A Palavra de Deus continua a ser incómoda porque ela continua a ser denuncia dos individuos, das instituições, das estruturas, dos estados e da própria Igreja.

OS VERDADEIROS PROFETAS DE HOJE NÃO TÊM A VIDA FACILITADA. São desprezados, humilhados, redicularizados e até torturados e martirizados... Porém, a Carta aos Hebreus deixa-nos palavras de Esperança: "Tudo venceremos pela força da fé".