25/02/2007

Como viver a Quaresma

1. Arrependendo-me dos meus pecados e confesso-me. É preciso reconhecer que ofendi a Deus e manifestar-lhe o arrependimento. Este é um bom momento do ano para realizar uma confissão bem preparada e do fundo do coração. Confronte a sua vida com os mandamentos de Deus e da Igreja para poder fazer uma boa confissão. Sirva-se de um livro para estruturar a sua confissão. Busque tempo para realizá-la.


2. Lutando para mudar: Analise a sua conduta para conhecer no que têm falhado. Faça propósitos para cumprir dia a dia e revise à noite se os alcançou. Lembre-se de não colocar muitos propósitos porque será muito difícil cumpri-los todos . As escadas sobem-se de degrau em degrau, não se podem subir todas de uma só vez. Conheça qual é o seu defeito dominante e faça um plano para lutar contra ele. O seu plano deve ser realista, práctico e concreto para poder cumpri-lo.




3. Fazer sacrificios: A palavra sacrifício vem do latim sacrum-facere, significa "tornar sagrado". Então, fazer um sacrifício é fazer alguma coisa sagrada, quer dizer, oferecê-la por amor a Deus, porque o ama, coisas que dão trabalho. Por exemplo, ser amável com um vizinho com quem você não simpatiza ou ajudar alguém em seu trabalho. A cada um de nós há algo que nos custa fazer na vida de todos os dias. Se oferecemos isto a Deus por amor, estamo a fazer sacrifício.




4. Oração: Aproveite estes dias para rezar, para conversar com Deus, para dizer-lhe que O ama e que quer estar com Ele. Pode ser útil um bom livro de meditação para Quaresma. Pode ler na Bíblia passagens relacionadas com a quaresma.

21/02/2007

DEZ SÍMBOLOS DA QUARESMA

A quaresma começa, precisamente, com um símbolo bem conhecido e consolidado: a Cinza, que nos lembra a condição efemera da vida e o seu destino: a eternidade de Deus. A Cinza de cada ano, recorda também a árvore da Cruz Ressuscitada da Vigília Pascal do ano anterior.

1. A quaresma é DESERTO. É aridez, solidão, jejum, austeridade, rigor, esforço, penitência, perigo, tentação.

2. A quaresma é PERDÃO. As histórias bíblicas de Jonas e de Nínive e a parábola do filho pródigo são bons exemplos para meditarmos nele.



3. A quaresma é ENCONTRO, é abraço de reconciliação como na parábola do filho pródigo ou na conversão de Zaqueu ou no diálogo de Jesus Cristo com a mulher adúltera.



4. A quaresma é LUZ, como se põe em evidência, por exemplo, no evangelho do cego de nascença. É a passagem das trevas para a luz. Jesus Cristo é a luz do mundo.



5. A quaresma é SAÚDE, símbolo manifestado nos textos como na cura do paralítico ou do filho do centurião.



6. A quaresma é AGUA. É a passagem da sede de nossa insatisfação para a água viva, a água de Moisés ao povo de Israel no deserto ou de Jesus à mulher samaritana.



7. A quaresma é superação vitoriosa das provas e das dificuldades. É LIBERTAÇÃO, TRIUNFO. Algumas figuras bíblicas, que sofrem graves perigos e vencem na prova: José, filho de Jacob, a casta Suzana, Ester, o profeta Jeremias e, sobretudo, Jesus, tentado e transfigurado.



8. A quaresma é CRUZ. Sinal e presença permanente durante toda a quaresma. Prefigurada no Antigo Testamento e manifestada com o exemplo de Jesus Cristo e com o seu convite de carregá-la como condição para o seguimento.



9. A quaresma é TRANSFIGURAÇÃO. É a luz definitiva do caminho quaresmal, preanunciada e vivida na cena da transfiguração de Jesus. Pela cruz para a luz".



10. A quaresma é o esforço para retirar o fermento velho e incorporar o FERMENTO DA PÁSCOA RESSUSCITADA E RESSUSCITADORA, agora e para sempre.

17/02/2007

"Amai os vossos inimigos..."

Esta proposta de Jesus parece inverter por completo toda a lógica dos sentimentos humanos. Jesus pede-nos que façamos o bem, abençoemos, rezemos e perdoemos precisamente a quem nos odeia, amaldiçoa e injuria!
Deste modo, Jesus quer romper com a lógica da violência e da vingança. Estas viciam todas as relações humanas, tornando insuportável a vida em sociedade.
O amor aos inimigos é a grande novidade da mensagem de Jesus, é o que distingue claramente os verdadeiros cristãos dos pagãos. Só o amor, que não exclui ninguém nem mesmos os inimigos, pode renovar o coração e o mundo dos homens. Só este amor, que elimina o ódio, promove a justiça, impele à solidariedade e garante a paz.
Amar os inimigos não implica o dever de concordar com o que eles dizem ou aprovar o que eles fazem. O amor não nos tira a lucidez nem o espírito crítico.
  • Amar os inimigos não me exige que eu sacrifique a minha consciência ou renuncie aos meus direitos fundamentais. Assim, amamos mas não deixamos de denunciar as suas mentiras, de apontar os seus erros, de protestar contra as suas injustiças e de desmascarar as suas contradições.
  • Amamos aqueles que não nos amam por dizermos a verdade, mas não deixamos de a dizer para que eles passem a gostar de nós. O amor não nos pede que sacrifiquemos a verdade, mas pede-nos que a defendamos com amor!

Amamos aqueles que não respeitam a vida de todos os seres humanos, mas não podemos deixar de os contestar e de lhes fazer ver a inconsistência das suas posições. Amar tb passa por interpelar e incomodar a consciência do nosso semelhante!

Amamos os políticos que confundem modernidade com retrocesso civilizacional, mas não deixamos de lhes dizer, apesar de eles não nos ouvirem, que a modernidade deles está mais nas albardas que vestem do que nos seus horizontes existenciais e nas perspectivas de futuro que têm para a sociedade que dirigem.

Amamos aqueles que:

  • esquecem Deus e desprezam os seus mandamentos;

  • do cristianismo apenas querem as tradições religiosas que lhes interessam;

  • se opõem teimosamente à renovação da Igreja.

No entanto, em nome do amor que lhes temos, não podemos deixar de os questionar, proclamando, com fidelidade e persuasão, a palavra de Deus. Amar também passa por levar as pessoas a reflectir e a descobrir que há outros modos de ver as coisas.
Só proclamando a verdade e denunciando o mal, sempre no respeito por quem erra, amamos verdadeiramente os nossos inimigos e os inimigos da sociedade. Com efeito, só assim os ajudamos a não repetir os mesmos erros e a não cometer as mesmas injustiças.

O verdadeiro amor, para além de não excluir ninguém, também deve ser gratuito. O cristão, diferentemente dos pagãos, deve fazer o bem sem ter em vista qualquer recompensa humana. Só é bem o bem que fazemos quando o realizamos por amor, sem olhar a quem e sem procurar a retribuição dos homens.
Ajudar quem precisa de nós, ser útil a alguém, faz-nos sentir bem e felizes. Esta é uma óptima recompensa. Além desta, temos a recompensa que Deus garante a todos aqueles que praticam as obras de caridade – a vida eterna.

Amar os inimigos, fazer aos outros o que queremos que eles nos façam, amar a todos e amar gratuitamente não é uma tarefa fácil, mas é o ideal que Jesus nos recomenda e a meta da qual nos devemos aproximar todos os dias.

16/02/2007

Votação no Referendo do Aborto

Inscritos: 208 Votantes: 51 24,52% Abstenções: 157 75,48%

Total SIM 36 NÃO: 15
Percent. 70.59% 29.41%

08/02/2007

Desde 1998 não ficou tudo na mesma

O Sim voltou a insistir na ideia, já usada em 1998, de que com o Não fica tudo na mesma.

Acontece que desde 1998, em que o Não ganhou, não ficou tudo na mesma:






  • Muitas associações foram fundadas (em muitos casos por apoiantes do Não) e muitas associações ajudaram milhares de mães em situações de gravidez dramática.


  • Foram propostas, e recusadas, alternativas legais que, concorde-se ou não, permitiriam uma verdadeira despenalização, em vez da liberalização.


  • Apesar da limitada intervenção do estado, houve muito mais informação sobre planeamento familiar e prevenção.


  • Não voltaram a ser presas mulheres por aborto. Nem uma.


  • Não há registo de qualquer morte por aborto. Curioso aliás como o DN ontem teve que ir buscar um caso de complicações por aborto clandestino em 1967 e hoje a Visão nos apresenta como capa dramática um caso de 1998 (antes do anterior referendo) e menciona apenas outro caso de 2000 onde a autópsia efectuada não encontrou relação causa-efeito com o processo de aborto.

Claramente não ficou tudo na mesma e claramente não vai ficar tudo na mesma (http://www.caritas.pt/guarda/ - "Nascer" - Centro de Apoio à Vida).

O Não permite continuar a trabalhar todos os aspectos de prevenção do aborto.

O Sim limita-se a deixar de considerar que o problema é um problema (porque legal e livre), libertando a consciência da sociedade da pressão que sente para tratar estas questões.


É preciso, também por isto, votar Não

Pedro Geada

03/02/2007

Somos pela Vida, não somos contra ninguém!

Se podemos salvar todas as vidas,
Não é justo eliminar a vida de ninguém!


A modernidade de um país
Não está em legalizar o aborto,
Mas em garantir todas as condições
Para que nenhuma mulher precise de recorrer a ele.

Decidir sobre a vida
É uma questão de consciência.
A nossa opção no referendo revelará
A consciência que temos sobre a vida,
Sobre o seu valor e a sua dignidade!

O sim defende a vida da mulher,
Mas não defende o bem da mulher.
A legalização não evitará o drama e as perturbações
Psicológicas, afectivas e espirituais
Que o aborto sempre provoca na mulher
E que se prolongam pela sua vida fora.

Não deixe fazer do referendo uma questão partidária.
Pior do que votar contra a indicação do seu partido
É votar contra a sua própria consciência!



A sua consciência
vale mais do que a cor do seu partido!


Votar NÃO é estar do lado da vida, de todas as vidas,
Da vida da mulher e da vida do filho.

Votar NÃO é exigir um compromisso mais sério
Dos cidadãos e do Estado em favor das mulheres e da vida.






A vida humana, desde a sua concepção,
É um dom e uma maravilha!
Deixe-se maravilhar pela vida!
Opte pela vida e olhe o futuro.





Se quer dizer sim à vida, vote NÃO.



ARCIPRESTADO DE CELORICO DA BEIRA

Os jovens da Guarda cantam pela Vida

01/02/2007

E quantas “Susaninhas” serão impedidas de nascer!!!

Marília Ferreira, professora do Ensino Básico
"Quando a minha mãe estava grávida da minha irmã mais nova (o sexto filho), uma senhora compadeceu-se da situação e disse que, se vivêssemos “lá” (em Lisboa), onde era tudo mais evoluído e o acesso ao aborto muito mais fácil, aquela criança nunca nasceria. É claro que a minha mãe ficou chocadíssima, porque, apesar da minha irmã não ter sido planeada, foi amada desde o dia em que soubemos da sua existência.Quando surgiu a questão do referendo, reflecti sobre este episódio real e percebi que, se o aborto for despenalizado, a sua prática transformar-se-á num acto corrente, sem a consciência de que é já uma vida que está em jogo.…
E quantas “Susaninhas” serão impedidas de nascer!!!
Por isso, voto NÃO!
NÃO à inconsciência;
NÃO à inversão de valores;
NÃO ao egoísmo."