31/12/2006

Tanta gente a sofrer no mundo, tantas vítimas inocentes...

Maria é a mulher da qual Jesus nasceu. Mas não é apenas uma mulher, ela é a mãe de Jesus.
  • Maria é mãe, não às cegas, não por imposição de Deus, muito menos mera fatalidade.
  • Maria, antes de aceitar ser mãe, quis entender melhor a proposta de Deus. Quis saber o como e, por isso mesmo, pediu ao Anjo uma explicação razoável. Maria, como mulher de fé, sabia que Deus está sempre disposto a fazer-se compreender pelos homens. Deus não se incomoda com as perguntas de quem O quer conhecer melhor, de quem deseja efectivamente penetrar nos desígnios da sua vontade!
  • Maria foi mãe e mãe de Jesus porque, devidamente esclarecida e com total liberdade, disse sim a Deus. Maria diz sim, depois de dissipadas as suas dúvidas e de compreender, a partir do que estava a acontecer com a sua prima Isabel, que Deus torna possível o que é impossível aos homens.

Maria diz sim, porque reconhece que a verdadeira liberdade do homem passa por aceitar e cumprir a vonta-de de Deus, pois Deus nunca defrauda as expectativas e os sonhos dos homens! A vontade de Deus está sempre ao serviço do bem e da plena realização do homem!

  • O Sim de Maria é um sim à vida e à maternidade. O sim de Maria constitui a autorização e a licença de que Deus precisava para realizar a sua vontade e cumprir a sua promessa de salvar a humanidade!
  • O Sim de Maria permite que o Verbo de Deus encarne e comece a habitar entre nós! Deste modo, o Sim de Maria marca o início de tempos novos, de um mundo novo e de uma nova humanidade.
  • Um Sim que permitiu a Deus realizar, nela e através dela, tantas maravilhas, porque foi um sim dado, repetido e renovado, todos os dias da sua vida!

E ponho-me a pensar no sim de Maria e nos nãos dos homens e nas suas respectivas consequências para a humanidade! Quantas maravilhas fica Deus impedido de realizar no mundo porque não recebe autorização da parte do homem! Quantos dons de Deus deixamos de receber porque não lhe dizemos sim, porque não lhe damos licença para ser, como Ele quer ser, generoso para connosco!

Tanta gente a sofrer no mundo, tantas vítimas inocentes dos conflitos e das guerras, da ambição e da prepotência dos poderosos, do ódio e da intolerância religiosa, do aborto e da eutanásia, da miséria e da fome, porque os homens não deixam que Deus os ilumine e transforme com a sua palavra e com o seu amor!
Todas estas situações são, como afirma o Papa, na mensagem para este Dia, um atentado à paz. Bento XVI refere-se especificamente às “mortes silenciosas provocadas pala fome, pelo aborto, pelas pesquisas sobre os embriões e pela eutanásia”.

Uma sociedade que:

  • ataca os valores fundamentais, como o da vida e da família;
  • torna cada vez mais custoso o acesso dos cidadão à saúde e, ao mesmo tempo, se dispõe a financiar completamente o aborto (até nas clínicas privadas);
  • faz da legalização do aborto uma bandeira de modernidade, enquanto mantém uma elevada taxa de insucesso escolar;
  • uma sociedade que procura eliminar os sinais religiosos e despreza as crenças dos homens, enquanto endeusa o consumismo e o hedonismo;
  • uma sociedade onde falta a vontade política e, mais ainda, a autoridade moral para erradicar a corrupção e a chamada violência gratuita (nas escolas, nas estradas, nas discotecas...);
    é uma sociedade em guerra consigo mesma, é uma sociedade que tem em si e alimenta os germes da sua auto destruição!

Esta é uma guerra que atinge o ser e o coração da própria sociedade. Esta é, sem dúvida alguma, a mais perigosa e devastadora de todas as guerras. Em primeiro lugar, porque não é consciencializada nem assumida como tal. Depois, porque não só atinge a vida e os direitos fundamentais dos cidadãos, como compromete a sobrevivência da própria sociedade. A história mostra como sociedade ricas e “civilizadas”, mas sem valores, desapareceram por completo.

Só o respeito pela pessoa humana pode garantir a paz. E esse respeito exige o reconhecimento da sua dimensão espiritual. O homem só se respeita a si mesmo quando se vê como imagem de Deus. E só respeita verdadeiramente os outros, quando os consegue ver com os olhos da fé e os ama com o coração de Deus.

As nossas sociedades, ditas desenvolvidas e empenhadas na persecução da paz , continuarão a ser uma mentira e uma ilusão, enquanto não perderem o seu complexo contra Deus e não assumirem a necessidade e a importância de princípios e valores morais!

30/12/2006

A família nasce do amor e é o amor que faz viver e crescer a família

Jesus nasceu e viveu, como qualquer outra pessoa, no seio de uma família. Ele, que, enquanto Filho de Deus, vivia no seio da família divina (a Santíssima Trindade), ao vir ao nosso mundo sentiu necessidade e quis viver numa família humana (a Sagrada Família de Nazaré). Deste modo, Jesus mostra claramente que tanto Deus como o homem, que é imagem de Deus, só podem viver plenamente em família e como família!


É na família e graças ao viver em família que Jesus cresce “em sabedoria, em estatura e em graça, diante de Deus e dos homens”. Este facto prova que a família é o mundo ideal e privilegiado para o desenvolvimento harmonioso de toda a pessoa humana.

A família de Jesus é conhecida como “a Sagrada Família de Nazaré”. É sagrada não apenas porque Jesus faz parte desta família, mas também pelo próprio facto de ser família e de, enquanto tal, realizar plenamente a sua missão.
Ora, toda a família é sagrada, pois tem a sua origem em Deus e tem o seu paradigma na família de Deus.

Na verdade, Deus sonhou, quis e criou o homem como uma família, pois intuiu, sem qualquer hesitação, que ele não seria feliz sozinho: “não é conveniente que o homem esteja só” (Gen 2, 18).
Só enquanto família, e não enquanto considerado indi-vidualmente, o homem é efectivamente imagem de Deus. Com efeito, a família é (ou deve ser) o reflexo do mundo de relações, de amor e de dádiva, de comunhão e diálogo, de harmonia e de felicidade que existe em Deus.
A família não é algo que se imponha ao homem desde fora, não é uma instituição criada pelos estados ou pelas religiões. Pelo contrário é uma necessidade do homem, é algo conatural ao existir humano. O homem, porque imagem de Deus, sente necessidade de viver como Deus, ou seja, numa família.

A família não é, à partida, um dado adquirido e completo. Ela é um sonho a concretizar, uma realidade a construir, um projecto para toda a vida do homem.

  • A família nasce do amor e é o amor que faz viver e crescer a família. O amor anima e dinamiza todas as relações humanas no interior da família. A família é um pequeno mundo de múltiplas e diversificadas rela-ções: marido e mulher, pais e filhos, irmãos, avós e netos...
  • O amor leva cada um a procurar o bem dos outros e a garantir o bem comum. O amor exige e confere a capacidade de renúncia, de espírito de sacrifício e de perseverança. Só assim é possível enfrentar, gerir e vencer, de um modo positivo e eficaz, as dificuldades, os problemas e conflitos inerentes à vida familiar.
  • Quem ama de verdade e tem um correcto entendimento da verdade da família, jamais deixará de acreditar e de apostar na sua própria família, jamais deixará de se empenhar, de alma e coração, na sua construção e sobrevivência, jamais renunciará a ela.

É claro que tudo se torna mais fácil, quando cada um faz a sua parte, assume as suas responsabilidades, cumpre os seus deveres e realiza a sua missão.

28/12/2006

HORÁRIOS

Dia 31 (Domingo) - Eucaristia - 16.00 h
Dia 01 (Segunda) - Cel. Palavra - 15.00 h

27/12/2006

Natal: a Festa da Vida!

O MELHOR MOTIVO PARA CELEBRAR A FESTA DA VIDA
SÃO TODAS AS VIDAS QUE JÁ NASCERAM
OU ESTÃO PARA NASCER. DIGA SIM À VIDA

ENQUANTO HOUVER UM ÚNICO CORAÇÃO QUE AMA, DEUS CONTINUA A NASCER...

VEJA ESTE POWER POINT. NÃO PERCA.
Natal 2006.pps

24/12/2006

“O Presépio, lição de vida, de amor e de paz” Mensagem de Natal do Bispo da Guarda

O Natal é o nascimento de Jesus Cristo no Presépio de Belém acontecido há dois mil anos. Um nascimento datado e situado com coordenadas históricas bem definidas, pois deu-se quando César Augusto era imperador Romano e a Província Romana da Síria, a que pertencia a Palestina então, era governada por Quirino (Lucas 2, 1-2).

A festa de Natal celebra, portanto, este acontecimento e a sua decisiva importância de Salvação para toda a Humanidade, marcando o centro da História que, por isso, passou a ficar dividida entre o antes e o depois do nascimento de Cristo.

O Natal convida-nos hoje, de novo e antes de mais, a parar diante do Presépio, que é a Sua representação mais real e mais fiel.

E diante do Presépio nós contemplamos uma lição de vida, uma lição de amor e uma lição de paz.

O Presépio diz-nos antes de mais o que é a vida, plasmada na simplicidade daquela criança, o Menino Jesus. A vida que nasce pequenina, frágil, com necessidade absoluta de ser generosamente acolhida e protegida, mesmo quando parece complicar planos particulares da mãe ou do pai ou de outras pessoas ou mesmo de sociedade como tal. Também para os pais desta criança do Presépio de Belém não foi fácil fazer uma viagem longa, com a mãe prestes a dar à luz e depois com o grave incómodo de terem de procurar um curral de animais para pernoitar e nele uma manjedoira para reclinar o seu Filho recém-nascido. Isto porque para eles não houve lugar nas casas e hospedarias da cidade.

Toda a vida que começa, como a deste menino de Belém, já desde o seio materno, é um mistério de maravilha.

Neste Menino, frágil como todas as crianças, pobre entre os pobres, nós contemplamos o Salvador do Mundo. Também em cada criança, sejam quais forem as circunstâncias em que o seu percurso se iniciou, nós queremos ver sempre o sorriso de Deus e a Sua bênção para toda a Humanidade, mesmo que haja dificuldades e contra-tempos a superar, como aqueles que corajosamente souberam enfrentar José e Maria na cidade de Belém.

O Presépio é também uma lição de amor. Amor de uma família que se alegra com o nascimento do seu Filho e tudo faz para o receber bem, criando-lhe todas as condições necessários para que Ele possa viver e crescer e assim cumprir a sua vocação e missão no mundo.

Amor de uma Mãe que fica feliz com a chegada do Filho e de um Pai que deseja cumprir as suas responsabilidades sociais, neste caso o recenseamento mas sem descurar as responsabilidades para com a Família

Amor do próprio Deus voluntariamente feito criança pobre e humilde, despojado de toda a Sua grandeza e riqueza para ajudar a que todos a começar pelos pobres e mais fracos, possam percorrer, com dignidade, os caminhos da sua realização pessoal.

O presépio ensina-nos também o que é a Paz, e como é que ela se constrói. A paz só é verdadeira quando centrada na pessoa, na defesa e na promoção dos seus direitos e da sua dignidade, em todas as suas circunstâncias.

É por isso que a Paz nunca pode ser o resultado de um equilíbrio de forças e muito menos da imposição da lei do mais forte.

O primeiro dia do ano que se aproxima volta a ser o Dia Mundial da Paz, desta vez com o seguinte tema proposto pelo Papa Bento XVI: “A Pessoa Humana no coração da Paz”.

De facto só o respeito sagrado por todas e cada uma das pessoas, qualquer que seja a sua situação ou estado de desenvolvimento, desde a concepção à morte natural, pode garantir a paz e dar futuro à Humanidade.

Desejo a todos Santo Natal, na contemplação do Presépio de Belém, com a sua lição de Vida, de Amor e de Paz.

Guarda, 18 de Dezembro de 2006

+ Manuel da Rocha Felício, Bispo da Guarda

22/12/2006

"Eu venho para fazer a tua vontade".

Aceitar a vontade de Deus significa e implica sempre aceitar colaborar com Deus na concretização do seu projecto de salvar a humanidade. Deus quer precisar de todos, mas a alguns confia uma tarefa especial. E a mais especial de todas é a que confia a Maria.
Maria aceita ser a serva do Senhor, ou seja, aceita ser a mãe do Filho de Deus e a serva de todos os homens. Maria confirma isso mesmo, de um modo eloquente.
Logo após o anúncio do Anjo, parte em missão de serviço ao encontro da sua prima Isabel. Vai disposta a partilhar com ela a sua vida e algum do seu tempo.
Não leva presentes! Não teve tempo nem tinha dinheiro para os comprar. No entanto, naquele momento, tinha algo de mais valioso, para oferecer a Isabel e à sua família. Maria, a cheia da graça de Deus, enriqueceu Isabel com dons extraordinários. Maria levava consigo, no seu ventre, o Messias esperado pelo povo de Israel, o Salvador dos homens, o Senhor do mundo!
Por conseguinte, não admira que, com a chegada de Maria, Isabel tenha ficado cheia do Espírito santo. E que o seu filho tenha exultado de alegria no seu seio. Isabel fica maravilhada com a fé de Maria e proclama: “Feliz aquela que acreditou no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito da parte do Senhor”.
Porque acreditou no Senhor, aceitou que nela se cumprisse a sua palavra. Nessa condição, Maria pode testemunhar e partilhar com Isabel e com todos, a sua fé e os dons de Deus.

“Eu venho para fazer a tua vontade”.
Essa foi tanto a atitude de Jesus como a de Maria.
E tu, tens, ao menos, vontade de conhecer a vontade de Deus a teu respeito? Queres saber o que Deus quer de ti e te propõe para a tua vida, para que sejas feliz e para que colabores com Ele na salvação do mundo? Olha que Deus só quer de ti o que é para teu bem! Deus, muito melhor do que tu, sabe o que realmente te convém.

E tu, estás disposto a fazer a vontade de Deus, para que a sua salvação aconteça na tua vida? Tu, que até fazes e cumpres promessas, muitas vezes difíceis e dispendiosas, preocupas-te e empenhas-te em viver em sintonia com Deus, seguindo o caminho indicado por Cristo? Deus não te pede sacrifícios ou oblações nem reclama as tuas coisas. Pede e espera, isso sim, que abras a tua mente à sua verdade e o teu coração ao seu amor. Pede e espera que vivas e testemunhes no teu quotidiano essa verdade e esse amor!

Olhando para ti e considerando a tua vida, os homens poderão intuir e dizer:”este acredita no Senhor e é feliz porque acredita”?

18/12/2006

HORÁRIOS

Dia 25 (Segunda) - Eucaristia - 16.00 h

09/12/2006

Quem acredita em Deus defende e promove a família e a vida

Estes são os bens mais necessários e mais preciosos para o homem. E aqueles que legislam ou de qualquer outro modo atentam contra a vida humana e contra a família, prejudicam a sociedade.

Vemos como muitos desses já fervilham e manifestam o seu nervosismo e a sua prepotência, com a proximidade do referendo sobre a liberalização do aborto. É interessante e revelador a argumentação que usam e os estratagemas que defendem.
  • Uns, que até se consideram como os pais da democracia, defendem que se vencer o não, a Assembleia da República deve legislar em sentido contrário. Viva esta democracia dos pais da nossa democracia! Que respeitáveis democratas estes, que negam o valor da democracia para imporem aos outros as suas opções!
  • E que pensar da, tão ilustre como ignorante, deputada que acusa de inconstitucional e ultrapassado o código deontológico dos médicos, por este ser a favor da vida e contra a liberalização do aborto! Será ela com as suas opções contra a vida a norma da constitucionalidade, que deve reger todos os cidadãos portugueses. Para ela e para muitos como ela, só são pessoas modernas e actualizadas aquelas que defendem o aborto. Tenham juízo!
  • Outros ainda, receosos da verdade que a Igreja propõe e defende sobre a vida, querem e exigem que ela não se intrometa neste assunto, deixando a liberdade aos fiéis para decidir. É claro que a Igreja, muito mais do que eles, defende a liberdade de opção. Mas a Igreja sabe, como eles deveriam saber e aceitar, que não há verdadeira liberdade sem verda-de e sem que as decisões se tomem no respeito pela própria consciência.

Viva a liberdade daqueles que usam a liberdade para negar o valor absoluto da vida humana! E, ao mesmo tempo, pretendem negar a liberdade de a defender àqueles que são sempre e em todas as circunstâncias em favor da vida! Esse conceito de liberdade não diz bem de quem o apregoa!



COMENTE. DÊ A SUA OPINIÃO.

07/12/2006

HORÁRIOS


ATENÇÃO AO NOVO HORÁRIO DA EUCARISTIA DO PRÓXIMO DOMINGO



Dia 10 - Eucaristia - 15.00 h

"Num Deus assim, até dá gosto acreditar"

Maria, “a cheia de graça” e a humilde “serva do Senhor”, considerou extremamente vantajoso abrir-se totalmente à vida de Deus e consagrar-lhe radicalmente a sua própria vida.
E tu, ainda tens medo de Deus e foges dele, porque vês em Deus uma ameaça à tua liberdade e um entrave à tua felicidade? Considera bem: Deus criou-te “à sua imagem e semelhança”, fez de ti “quase um ser divino”, colocou o mundo nas tuas mãos, constituindo-te seu administrador. Que podes temer de um Deus que te fez tão importante e te confiou tão grande responsabilidade?
Com um Deus assim, o que é que pensas e pretendes conseguir, dispensando-o da tua vida e substituindo-te a Ele? Que vantagens, em seres tu a medida de todas as coisas e o centro de todas as atenções?

Olha para a tua vida e considera as desilusões que já te provocou esta ilusão de queres ser como Deus! Quanto já não tiveste de sofrer e quanto já não fizeste sofrer os outros, por não te aceitares na realidade do que és e do que és chamado a ser!
Tu, que sentes uma devoção especial por Maria, que te comoves quando ouves falar dela, que até choras quando entoas cânticos em seu louvor, imita-a na sua entrega e fidelidade a Deus.
Abre-te à graça de Deus e recebe-a, de modo especial, no sacramento da reconciliação; escuta a sua palavra e perscruta nela a vontade de Deus a teu respeito; descobre a grandeza do serviço e ama o teu semelhante com alegria.

Se tens dúvidas sobre Deus, coloca-lhas sem receio. Maria também teve dúvidas e quis ser esclarecida. Deus não se incomoda de ser questionado pelo homem. Mas, depois, deixa que Deus se explique, que te revele a sua verdade, que mostre quanto te ama e quais são os seus desígnios a teu respeito. Então, concluirás que ninguém te respeita mais do que Deus e ninguém mais do que Ele deseja e tudo faz para que sejas feliz.
De facto, "num Deus assim, até dá gosto acreditar"!

02/12/2006

A CAMINHO DO NATAL


Hoje iniciamos as quatro semanas do Advento.



  • Um facto passado: a vinda história de Cristo, prometida por Abraão, recordada pelos profetas, esperada pelo povo e realizada em Belém...
  • Um facto presente: a vinda de Jesus presente na sua Igreja: Cristo continua vir na Palavra, na, Eucaristia, nos irmãos.

  • Um facto futuro: é a segunda vinda... no fim do mundo.

25/11/2006

ESPECTÁCULO DE SOLIDARIEDADE

No próximo dia 10 de Dezembro, a Associação Social de Apoio aos mais necessitados do concelho de Celorico da Beira, organiza um espectáculo de solidariedade que o objectivo de angariar fundos para os mais pobres

Vem ao Centro Cultural de Celorico da Beira, participa no concerto da já famosa BANDA JOTA e ajuda assim os mais necessitados do concelho.

18/11/2006

Deus quer dar à Igreja sacerdotes segundo o seu coração

Estamos a viver a semana de Oração pelos Seminários. Não pode esmorecer o interesse e o empenho dos cristãos em relação às vocações sacerdotais.
Continua e continuará sempre válido o mandamento de Jesus: “pedi ao senhor da Messe...”. É necessário pedir ao Senhor os sacerdotes que Ele nos quer dar. E Deus quer dar à Igreja sacerdotes segundo o seu coração.

Por conseguinte, não tem sentido nem é eficaz a oração, quando pedimos os sacerdotes que nós queremos, na quantidade e segundo o modelo que nos convém. A oração não é para convencer nem para pressionar Deus a fazer a nossa vontade. Pelo contrário, rezamos para que, também no que se refere aos sacerdotes, se faça a vontade de Deus “assim na terra como no Céu”.

Consequentemente, não rezamos bem nem assumimos a atitude correcta diante de Deus, quando:
  • pedimos mais sacerdotes para não ter que mudar nada na nossa vida nem nas nossas comunidades cristãs;
  • para não ter assumir o lugar e a missão que nos compete no seio da Igreja;
  • para não ter que aceitar que certos serviços e mi-nistérios sejam exercidos pelos leigos, apesar de específicos da sua missão;
  • para não termos que nos deslocar e celebrar a nossa fé noutros lugares e com os cristãos de outras comunidades.

É um contra senso exigir a Deus que nos dê sacerdotes para fazerem o que os leigos podem fazer; ou pedir sacerdotes para que possa haver a celebração da Eucaristia em todos os lugares, tantas vezes tão próximos, quando as pessoas podem e têm meios para se deslocarem.

Não podemos esperar que Deus escute a nossa oração e atenda os nossos pedidos, quando estes revelam o nosso egoísmo e a nossa falta de fé.

É, pois, indispensável a nossa conversão à vontade de Deus, pedindo e aceitando os sacerdotes que Deus quer chamar e enviar para a sua messe: discípulos fiéis de Cristo e servidores dedicados do Reino dos Céus.
São esses os únicos padres que a Igreja e o mundo precisam!
Dos outros, ainda há quantos baste!

16/11/2006

Conheça os nossos Seminários (Fundão e Guarda)


Seminário é o grupo de Cristo com os Apóstolos, ensinando-lhes as coisas do Pai e do Mundo;
Seminário é aprendizagem orante de muitas coisas que Deus quer ensinar aqueles que Deus prepara para enviar;
Seminário é essencialmente relação viva com Deus Pai, com Deus Filho, com Deus Espírito Santo;
Seminário tem de conduzir a uma formação integral do Homem.
Seminário é iniciativa de Deus por meio da Igreja.
O SEMINÁRIO É O CORAÇÃO DA DIOCESE.

11/11/2006

Ninguém melhor do que Deus recompensa o bem que o homem faz. Mas só é bem o que o homem faz, quando o faz com amor.

O pobre pode e deve partilhar o pouco que tem com quem tem menos ou não tem nada. Quem precisa de ser ajudado não está isento do dever de ajudar quem precisa!
Exclui a recompensa de Deus quem procura apenas o reconhecimento dos homens. E procura apenas a recompensa dos homens quem não acredita na vida eterna.

Interrogações:
• Tu, quando dás, dás apenas do que tens ou dás também alguma coisa de ti mesmo? Dás apenas com as mãos ou dás também com o coração? Dás por um simples descargo de consciência ou dás porque amas?

• Tu, quando dás, olhas apenas para o que tu possuis ou tens também em conta as necessidades de quem precisa? Condicionas a tua oferta pelo que dão os outros ou segues o impulso da tua generosidade?

• Em relação à Igreja, qual é o grau da tua partilha? Limitas-te à esmola que dás nos peditórios da Missa? Ou assumes a parte da tua missão de cristão, pondo a render os teus talentos e os teus carismas ao serviço da comunidade? Entendes a fé como um dom de Deus que deves partilhar com os homens por meio do testemunho da tua vida?

• E, em relação aos sacerdotes, tens necessidade deles porque sentes necessidade de Deus ou apenas porque ainda gostas de certas tradições religiosas? Pelo modo como os olhas e entendes a sua missão, pelo modo como te serves deles e os acolhes, pelo oração que fazes e o modo como vives, consideras que dás um contributo sério e positivo para o aumento das vocações sacerdotais?

• Finalmente, que tens em vista, quando fazes o bem? Procuras o reconhecimento dos homens ou a recompensa de Deus? Para ti, conta mais a admiração e os aplausos dos homens ou o prémio da vida eterna?
(XXXII Domingo do Tempo Comum - Ano B)
OBS: Gostaria de "ouvir" os vossos comentários.

10/11/2006

"Tu amas-me?" - Mensagem de D. Manuel Felício, Bispo da Guarda, para a Semana dos Seminários

div align="justify">“Vamos viver, de 12 a 19 mês de Novembro, a Semana dos Seminários em Portugal.
Desta vez, propõe-se como tema de reflexão e oração a todo o Povo de Deus, durante a Semana dos Seminários, a pergunta que Jesus fez a Pedro, já depois da Sua Ressurreição, numa das últimas aparições – “tu amas-me?”.
Uma pergunta que vale também pela insistência, pois foi feita por três vezes.
E esta continua a ser a pergunta fundamental que o mesmo Jesus faz aos seus sacerdotes e a quantos encontra pelos caminhos da vida e chama para o Ministério Sacerdotal.

A questão de fundo das vocações sacerdotais e consequentemente dos Seminários é o amor decidido a Deus e em Deus aos irmãos.
Hoje continuamos a procurar jovens que se deixem verdadeiramente apaixonar por Jesus Cristo e em Cristo pelo serviço generoso dos outros, presidindo à comunidade em nome do Único que é cabeça e pastor do Seu Povo. Para despertar e alimentar esta paixão estão a trabalhar na nossa Diocese o Pré-Seminário com a sua rede de penetração nas paróquias, cada uma com o seu pároco, os seus catequistas e outros serviços organizados, os nossos professores de Educação Moral e Religiosa Católica e outros agentes da Pastoral.
Pedimos que, no próximo domingo, dia 12, em todas as celebrações dominicais espalhadas pelas paróquias da Diocese se refira a abertura da Semana dos Seminários e também se lembre o seu encerramento, 8 dias depois.

D. Manuel Felício, Bispo da Guarda

04/11/2006

"Não estás longe do Reino de Deus"

“Muito bem, Mestre! Tens razão...” - O Escriba concorda plenamente com Jesus.

• Considera que Jesus tem razão porque o amor, na sua dupla vertente de amor a Deus e de amor ao próximo, é o primeiro, o maior, o mais importante dos mandamentos. Ele é, ao mesmo tempo, a alma e a síntese de todos eles.
• Concorda, porque a resposta de Jesus está em plena sin-tonia com o A.T. De facto, Jesus cita o Deuteronómio (6,5) no que se refere ao âmbito e às exigências do amor a Deus, e cita o Levítico (19,18) para exprimir a medida do amor ao próximo.
• Concorda, porque Jesus fundamenta a prioridade do amor na unicidade de Deus: “o nosso Deus é o único Senhor”. Precisamente porque é único, Deus deve ser amado de um modo radical e exclusivo. O amor a Deus deve envolver e comprometer todo o ser do homem: o coração, a alma, o entendimento e as forças.

“Não estás longe do reino de Deus”.
Jesus gostou e julgou positivamente a apreciação que o escriba fez da sua resposta. Gostou da sinceridade das suas palavras e pressentiu que o escriba, para além de saber o que há de mais importante nos mandamentos, se esforçava por viver segundo o espírito dos mesmos.
Gostou, de modo especial, que o escriba soubesse e defendesse que o amor é o elemento distintivo e mais valiosos da verdadeira religião. Na verdade, “amar... vale mais do que todos os holocaustos e sacrifícios”. Neste sentido, o escriba como que anteci-pa a revelação de Jesus sobre o culto que agrada realmente a Deus, o culto “em espírito e em verdade”.
Finalmente, Jesus deixa bem claro que os mandamentos, rectamente entendidos, conscientemente assumidos e coerentemente vividos, constituem o caminho do reino de Deus. “Não estás longe do reino de Deus”.

01/11/2006

Dia de pensar no CÉU...

Os horizontes da minha fé levam-me a suspirar pela felicidade suprema que é o CÉU.
• Sim, anseio por viver na casa do Pai, aquela casa onde existem muitas moradas, uma das quais está preparada e reservada uma para mim! Quem o revela é o próprio Jesus! E não quero que esse lugar, por culpa minha, fique vago por toda a eternidade!
• Sim, desejo habitar na nova Jerusalém, a cidade santa, onde não “haverá mais morte, nem luto, nem pranto, nem dor”.

Porém, para chegar à meta dos meus sonhos, os sonhos da minha fé, é necessário antecipar, tornando realidade na minha vida, quanto isso é possível neste mundo, o que é a realidade no Céu.

O Céu é ver a Deus face a face, tal como Ele é! Neste mundo, devo, pois, aprender a ver Deus nas obras da criação, nos acontecimentos da vida, na revelação da Escritura. Não posso chegar ao Céu e Deus ser completamente desconhecido para mim!
O Céu é viver em Deus, habitar na sua morada santa. Por isso, enquanto vivo neste mundo, devo aceitar que Deus habite em mim, reservando-lhe o melhor lugar do meu coração. Não posso entrar no Céu sem que Deus me seja, de algum modo, familiar!
O Céu é viver em perfeita comunhão com Deus e com todos aqueles que estão em Deus. Por conseguinte, en-quanto habito na terra, devo viver com toda a intensidade possível o duplo mandamento do amor a Deus e do amor ao próximo.
O Céu é participar no banquete, na festa, na alegria de Deus. Na terra, eu tenho o banquete da Eucaristia. Esta é verdadeira Ceia do Senhor. Nela, Jesus oferece-se a mim e a todos como o alimento de vida eterna. A Eucaristia permite-me saborear, já na terra, como o Senhor é bom e, nessa mesma medida, prepara-me para o Banquete do Reino dos Céus.
O Céu é meta, é “alegria plena e delícias eternas”! Resta-me percorrer o caminho com perseverança e alegria!

INTERROGAÇÕES da FESTA DE TODOS OS SANTOS

  • Quais são as tuas expectativas em relação a Deus e à vida eterna?
  • Olhando para as criaturas, sentes curiosidade em conhecer o Criador?
  • Percorrendo a história da salvação, fixando-te no amor de Deus revelado em JC, sentes o desejo de te encontrar pessoalmente com Ele?
  • Ao olhares para ti, ao tomares consciência que Deus é a origem de toda a vida, que te mantém na existência e que te chama à vida eterna, sentes-te irresistivelmente impelido a caminhar para Ele?

Tu, cristão, pensa na vida eterna e olha para a multidão daqueles que já a alcançaram. Considera e verás que é possível e vale a pena lutar por este prémio. É uma insensatez do homem impedir Deus de lhe conceder tão grande dom!

Pára e medita em tudo o que Deus te propõe e quer para ti. Então, não só descobrirás as vantagens de viver sempre com Deus, como sentirás a necessidade de viver exclusivamente para Ele.

27/10/2006

MESTRE FAZ QUE EU VEJA

Tu sabes que só é verdadeiramente cego aquele que não quer ver. Ora, há muitos baptizados que se comportam como cegos em relação a Jesus, pois não O desejam ver, não estão interessados em O conhecer e não querem comprometer-se com Ele.
E tu, conheces Jesus ao ponto de desejares conhecê-lo mais e melhor? Deixas que Ele te ilumine e te transforme com a sua verdade e o seu amor? Ou preferes permanecer no como-dismo da tua cegueira, aceitando e seguindo apenas as tuas verdades e as normas morais que mais te convêm?
Tu sabes que para quem não quer ver nada é evidente. Pergunto-te: Tu consegues ver a evidência de Deus, quando contemplas, se é que contemplas, a obra da criação? E essa evidência é suficiente para acreditares nele, para te maravilhares com Ele e para o louvares?
Tu consegues ver a evidência da divindade de Jesus, quando meditas, se é que meditas, o seu Evangelho, a sua vida e as suas obras, a sua morte e a sua ressurreição, o seu amor pelos homens? E essa evidência é suficiente para lhe confiares inteira-mente a tua vida, seguindo pelo seu caminho?
Tu sabes que um cego não pode guiar outro cego. Pergunto-te, pois: Tu, que és pai ou mãe, vês, conheces e crês o suficiente para poderes atrair, conduzir e aproximar os teus filhos de Deus? Achas que a tua vida, os teus valores e a tua moral constituem uma proposta válida e um caminho seguro para eles? Já pensastes que o teu desinteresse e o teu desleixo em relação à formação moral e espiritual dos teus filhos pode levá-los a viver à beira do caminho, à margem da vida, sem motivações nem ideais, destruindo-se a si próprios e hipotecan-do o seu futuro? E tu bem sabes que quando se chega a esta situação já há muito pouco a fazer?
Jesus escutou a voz do cego e da beira do caminho chamou-o para o caminho da vida, integrando-o na sociedade e devolvendo-lhe a sua dignidade.
Hoje e em cada dia, é a ti que Jesus dirige este convite, é a ti que Ele dá esta oportunidade. Não espera que lhe grites como o cego. Ele próprio toma a iniciativa, aproximando-se de ti e falando-te ao coração! Para ti, Jesus quer ser Luz e Caminho, porque não quer que caminhes nas trevas nem andes como as ovelhas sem pastor!
Seguindo Jesus, nele descobrirás a verdade e o sentido da tua vida, com Ele chegarás à meta e atingirás a felicidade plena.

26/10/2006

DIA DE TODOS OS SANTOS - 1 de Novembro

Nota História
«Os Santos, tendo atingido pela multiforme graça de Deus a perfeição e alcançado a salvação eterna, cantam hoje a Deus no Céu, o louvor perfeito e intercedem por nós.
A Igreja proclama o mistério pascal, realizado na paixão e glorificação deles com Cristo, propõe aos fiéis os seus exemplos, que conduzem os homens ao Pai por Cristo; e implora, pelos seus méritos, as bênçãos de Deus.
Segundo a sua tradição, a Igreja venera os Santos e as suas relíquias autênticas, bem como as suas imagens. É que as festas dos Santos proclamam as grandes obras de Cristo nos Seus servos e oferecem aos fiéis os bons exemplos a imitar»
(Constituição Litúrgica, n.º 104 e 111).
HORÁRIOS:
Eucaristia seguida de romagem ao cemitério - 10.30 h

Corramos para os irmãos que nos esperam
Que aproveitam aos Santos o nosso louvor, a nossa glorificação e até esta mesma solenidade? Para quê tributar honras terrenas a quem o Pai celeste glorifica, segundo a promessa verdadeira do Filho? De que lhes servem os nossos panegíricos? Os Santos não precisam das nossas honras e nada podemos oferecer lhes com a nossa devoção. Realmente, venerar a sua memória interessa-nos a nós e não a eles.
Por mim, confesso, com esta evocação sinto me inflamado por um anelo veemente.
O primeiro desejo que a recordação dos Santos excita ou aumenta em nós é o de gozar da sua amável companhia, de merecermos ser concidadãos e comensais dos espíritos bem aventurados, de sermos integrados na assembleia dos Patriarcas, na falange dos Profetas, no senado dos Apóstolos, no inumerável exército dos Mártires, na comunidade dos Confessores, nos coros das Virgens; enfim, de nos reunirmos e nos alegrarmos na comunhão de todos os Santos.
Aguarda-nos aquela Igreja dos primogénitos e nós ficamos insensíveis; desejam os Santos a nossa companhia e nós pouco nos importamos; esperam nos os justos e nós parecemos indiferentes.
Despertemos, finalmente, irmãos. Ressuscitemos com Cristo, procuremos as coisas do alto, saboreemos as coisas do alto. Desejemos os que nos desejam, corramos para os que nos aguardam, preparemonos com as aspirações da nossa alma para entrar na presença daqueles que nos esperam..

Dos Sermões de São Bernardo, abade
(Sermo 2: Opera omnia, Ed. Cisterc. 5[1968], 364-368 (Sec. XII)

21/10/2006

A Diocese da Guarda aposta na Catequese com adultos

Hoje foi apresentado, em Gouveia, o livro que vai ser a base da Catequese com adultos durante este Ano Pastoral.

"Só conhecendo Jesus Cristo e a Boa Nova do Evangelho podemos viver com seriedade a nossa fé e dar razão da esperança que nos anima na vida de todos os dias"
+ Manuel R. Felício, Bispo da Guarda.
Temas:
  1. A fé do Povo de Deus;
  2. A revelação de Deus e a sua transmissão;
  3. Crer, a resposta do homem a Deus;
  4. Os símbolos da fé;
  5. Creio em Deus Pai Todo-Poderoso;
  6. Creio em Jesus Cristo, Filho único de Deus;
  7. Jesus Cristo padeceu son Pôncio Pilatos; foi crucificado, morto e sepultado;
  8. Creio no Espírito Santo;
  9. Creio na Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica;
  10. Creio na ressurreiçãda carne e na vida eterna.

“A caridade, alma da missão” é o tema do presente Dia Mundial das Missões”.

Tudo tem a sua origem no amor de Deus.
Segundo São João o amor de Deus para connosco mani-festou-se no facto de “ter enviado ao mundo o seu Filho único, para que vivamos por Ele”(1Jo 4,9).
Por sua vez, o Papa Bento XVI escreve: “O mandato de difundir o anúncio deste amor foi confiado por Jesus aos apóstolos depois da sua ressurreição, e os apóstolos, interiormente transformados graças ao poder do Espírito Santo, no dia do Pentecostes, começaram a dar testemunho do senhor, morto e ressuscitado”.
Desde então, esta tem sido e continuará a ser a missão da Igreja e a missão de todos os cristãos: Anunciar Jesus Cristo e testemunhar o amor de Deus. Quem faz a experiência do amor de Deus, sente-se naturalmente impelido a dar testemunho dele diante dos homens. E quem vive a realidade do amor, nas múltiplas e variadas situações e relações do seu existir quotidiano, torna-se numa pregação viva e credível do Evangelho de Jesus.
E, assim, os homens, nos mais diferentes e recônditos lugares da terra, poderão conhecer Jesus e experimentar a força salvífica do amor de Deus.
  • Conheces Jesus Cristo ao ponto de te sentires fascinado e seduzido por Ele, pela sua vida e pelo seu Evangelho?
  • Sentes que Jesus é importante para a tua realização pessoal ao ponto de considerares que Ele também é necessário para os outros?
  • Reconheces que conhecer Cristo é um direito de todos os homens e dá-lo a conhecer é um dever de quem O conhece?
  • O teu espírito missionário limita-se à esmola que dás no peditório da Missa? Ou estende-se à oração frequente e, mais ainda, abrange o testemunho da tua vida quotidiana?
  • Tens consciência de que algumas pessoas poderão aproximar-se de Cristo ou afastar-se dele, vendo o que tu fazes em seu nome?
  • Sabes que a tua salvação depende, e muito, do que tu fazes pela salvação dos outros?

Jesus quer que, através da nossa vida e das nossas obras, os homens possam conhecer e glorificar o Pai que está no Céu!

Estamos para servir e não para ser servidos

Os apóstolos (apesar de andarem com Jesus e de conviverem com Ele) não estavam muito adiantados na virtude. Além disso, dão mostras de pouca inteligência ao não entenderem que o Reino de Deus não se rege pelos mesmos critérios dos reinos da terra.
Os dois irmãos Tiago e João apressam-se e antecipam-se a pedir a Jesus que lhes reserve os melhores lugares junto dele, quando estiver na sua glória. O pedido dos filhos de Zebedeu revela atrevimento e, diremos mesmo, abuso de confiança: “nós queremos que nos faças o que te vamos pedir”.
Julgando-se melhores do que os outros apóstolos ou pensando que Jesus tem por eles uma simpatia especial, como que O pressionam para lhes garantir o que Lhe pedem. Esquecem ou não sabem que o Céu não se consegue com cunhas!!
  • Movidos pelo ciúme e pela inveja, os outros apóstolos entram em conflito com Tiago e João. Zangam-se não tanto porque os dois irmãos pedem o que não devem, mas, certamente mais, porque cada um deles se considera também o melhor e tem a mesma pretensão!
  • A atitude de uns e a reacção dos outros revelam que ainda não tinham entendido a razão de ser da sua vocação nem, muito menos, vislumbravam o verdadeiro alcance da missão que Jesus lhes iria confiar.

Todos eles viam no facto de ser discípulos de Jesus uma oportunidade de sair do anonimato das suas vidas e de obter vantagens humanas. Também eles queriam ser um pouco como os senhores deste mundo!

Desiludido com eles e, ao mesmo tempo, desejoso de os esclarecer melhor, Jesus diz-lhes: “Não deve ser assim entre vós”. Os apóstolos não podem pensar, agir e reagir como os chefes das nações e os grandes da terra. Não podem ter os mesmos objectivos nem seguir os mesmos métodos.
Os senhores deste mundo não exercem o seu poder com sentido de missão e espírito de serviço. Pelo contrário, exercem o seu domínio e impõem a sua vontade, servem-se de quem deviam servir, para satisfazerem a sua ambição pessoal.
Se os apóstolos quiserem continuar com Jesus, os seus sonhos e ideais devem ser diferentes. Não podem preocupar-se e, muito menos, devem lutar pelos primeiros lugares. De outro modo, sentir-se-ão defraudados, pois Jesus não garante fama ou facilidades nem prestígio ou honrarias.

Jesus, o Filho do homem, encontra-se entre os homens não para ser servido pelos homens, mas para os servir e dar a vida por eles. Na verdade, embora sendo Filho de Deus, ao vir ao mundo dos homens, não reivindicou ser tratado como Deus, mas assumiu condição de servo.
Como Servo de Deus ao serviço dos homens, Jesus aceitou o caminho da humildade, do amor e do sofrimento. E por esse caminho realizou a redenção de todos. Assim, a grandeza de Jesus radica no amor, ou seja, no servir e dar a vida. Jesus é o maior e o primeiro, porque foi o que amou mais, para que todos pudessem viver em Deus.
Consequentemente, os apóstolos (se quiserem sonhar com as grandezas do Céu e não com as da terra) devem tb aceitar servir e dar a vida, ser escravos de todos, beber o cálice da paixão.

  • Seguir Jesus para continuar a sua missão exige a consagração radical de toda a vida ao serviço do Reino de Deus. Esta completa doação implica renúncia e sacrifício. E os discípulos de Jesus devem estar conscientes disso.
  • Mas ela garante também alegria e plena realização pessoal! Na verdade, Jesus promete aos discípulos, que deixaram tudo para o seguir e o seguem com fidelidade, uma larga recompensa no mundo presente, e, no mundo futuro, a vida eterna.

É esta recompensa e não outra que os apóstolos devem desejar e esperar. É na expectativa desta recompensa e não de qualquer outra que eles se devem dedicar inteiramente ao serviço do Reino de Deus. Porque só Jesus pode garantir esta recompensa aos homens, eles aceitam como missão dar a conhecer este Jesus a toda a criatura, proclamando o seu Evangelho em toda a terra.
Deste modo, eles devem afastar dos seus horizontes existenciais toda a espécie de ambição ou luta pelos primeiros lugares.

  • A grandeza do homem está mais no que ele faz pelos outros do que no que os outros fazem por ele!
  • A importância do homem não está nos lugares que ocupa, mas no contributo que dá para que o mundo seja melhor.
  • O poder do homem não se avalia pelo número de servos (ou de súbditos) que tem, mas pela intensidade e abrangência do seu amor!
  • O prestígio do homem não se mede pelas vezes que aparece na televisão, mas pelo facto de o seu nome estar ou não escrito no Céu!

(Domingo XXIX do Tempo Comum Ano b)

19/10/2006

Centro Pastoral D. João de Oliveira Matos

As obras do Centro Pastoral D. João de Oliveira Matos estão quase concluidas.
Esta era a chamada "Casa dos Retiros". Uma casa que traz à memória de muitas pessoas de Celorico da Beira grandes recordações.

Agora, passados tantos anos,queremos dar-lhe um novo aproveitamento. Por isso mesmo, também iremos adaptar o nome há nova situação "Centro Pastoral D. João de Oliveira Matos". Já neste ano queremos, se for possível, que todos os alunos do Arciprestado do 5º e 6º ano tenham aqui catequese. É um objectivo ambicioso, mas estamos certos que com a ajuda de todos iremos conseguir concretizá-lo.

Ordenação dos primeiros Diáconos Permanentes - No próximo Domingo, na Diocese da Guarda

No próximo domingo, 22 de Outubro, vão ser ordenados os primeiros Diáconos permanentes na Diocese da Guarda. A cerimónia terá lugar na Sé Catedral, pelas 16.00 horas, e será presidida por D. Manuel Felício, Bispo da Guarda.
De acordo com o padre Joaquim António Duarte “dos onze homens que fizeram a sua preparação teológica, espiritual e pastoral, sete deles, irão receber o sacramento da ordem no grau de Diaconado. São eles: Amadeu Antunes (Tourais), António Diogo (Guarda), António Fernandes (Vale de Espinho), José Martins (Covilhã), Manuel Neves (São Miguel da Guarda), Manuel Castela (Guarda), Manuel Conceição (Soito). Além destes, mais quatro outros que fizeram também já a sua preparação continuarão a exercer o Ministério de Acólitos da santa Igreja por mais algum tempo e são: Luís Salvador (Fiães), Francisco Lambelho (Fundão), António Baltazar (Sequeira), José Leão (São Miguel da Guarda)”.
Recorde-se que o Diaconado Permanente aparece no início da Igreja, com a instituição dos sete Diáconos destinados de forma especial para servir “às mesas”. Mantiveram-se muito vivos na Igreja até ao século V. Começaram a desaparecer devido, sobretudo, ao aumento de presbíteros. O Concílio Vaticano II abriu as portas à sua restauração com o objectivo de enriquecer a Igreja com as funções do ministério diaconal, de reforçar com a graça da ordenação diaconal aqueles que, de facto, já exerciam funções Diaconais e de prover de ministros sagrados as regiões que sofriam de escassez de clero.
Fonte: Ecclesia

Dia 22: Dia Mundial das Missões

Evangelizar é anunciar o amor
Convencidos como estamos de que “a missão evangelizadora da Igreja é essencialmente o anúncio do amor, da misericórdia e do perdão de Deus”, como recorda, e muito bem, o Santo Padre na sua Mensagem para o Dia Mundial das Missões, que se celebra no próximo dia 22, urge assumir uma postura optimista na hora de partilharmos a nossa experiência de fé com quem ainda não descobriu Jesus Cristo e o seu Evangelho.
Afinal, os cristão são, há muito, o maior número entre as diversas religiões do mundo, com os seus mais de dois mil milhões de fiéis, num universo que já ultrapassa os seis mil milhões de habitantes. Cristãos, isto é, católicos, protestantes, ortodoxos e anglicanos, entre outros, são todos os que professam Jesus Cristo e O aceitam como Senhor e Redentor da humanidade.
É certo que a muitos níveis passamos a vida a menosprezar a acção dos cristãos, face à messe por desbravar, com lamúrias que não conduzem a nada, mas a verdade é que, se olharmos bem, a mensagem de salvação está presente nos mais variados cantos da Terra, espalhada por gente generosa que se entrega à missão com o exemplo de vida e com o fervor de quem acredita num mundo melhor, marcado pelos valores que dimanam do Evangelho.
Mas se é correcto valorizarmos tudo quanto tem sido feito pelos cristãos de várias correntes, também não podemos quedar-nos à sombra do trabalho por eles desenvolvido, como se tivéssemos o direito de nos alhear das nossas responsabilidades baptismais, que nos devem obrigar a estar com todos os que deixam tudo para servir a Boa Nova da Salvação anunciada há dois mil anos.
Cresce o número dos que ignoram Cristo
Diz o Papa que “o número daqueles que ignoram Cristo e não fazem parte da Igreja está em contínuo aumento; mais ainda: quase duplicou, desde o final do Concílio. A favor desta imensa humanidade, amada pelo Pai a ponto de lhe enviar o seu Filho, é evidente a urgência da missão”. De facto, apenas um terço da humanidade aceita Cristo, pelo que a tarefa evangelizadora tem ainda um longo caminho para percorrer, pelo nosso testemunho de vida, pela palavra, pela oração e pela partilha generosa.
Um dado curioso e que nos deve interpelar está no facto de o islamismo continuar a crescer, mesmo no ocidente, tendo no mundo já ultrapassado o próprio catolicismo. A isso não será alheio o seu fervor religioso e a vivência diária daquilo em que acredita, em perfeito contraste com a crescente indiferença dos cristãos. Por exemplo, na Diocese de Aveiro, com 310 mil habitantes, apenas participam nas eucaristias dominicais cerca de 80 mil. Os outros 230 mil ficam-se pelo grupo dos chamados “católicos não praticantes” ou de vivência cultual esporádica.
Quando falamos de missão no seio da Igreja, logo associamos a ideia da divulgação do Evangelho em África e na Ásia, sobretudo, quando, afinal, há tanto que fazer entre nós. E o trabalho a fazer tem de passar, antes do mais, pelo testemunho de fé no dia-a-dia, quer na defesa dos valores do cristianismo, quer mesmo nas opções políticas, sociais, artísticas e culturais.
Os cristãos têm de exorcizar o indiferentismo e o individualismo que campeiam nas comunidades religiosas, ao mesmo tempo que devem valorizar projectos de evangelização que apostem na defesa dos valores que têm suportado a nossa civilização.
Refere o Santo Padre que “nunca nos devemos envergonhar do Evangelho e nunca devemos ter medo de nos proclamarmos cristãos, silenciando a própria fé. Ao contrário, é necessário continuar a falar, alargar os espaços do anúncio da salvação, porque Jesus prometeu permanecer sempre e de qualquer forma presente entre os seus discípulos”.
Fernando Martins in Ecclesia

14/10/2006

"Deus torna possível os impossiveis do homem"

1. “Aos homens é impossível, mas a Deus não...”. Um homem só por si, por mais bem que faça e por mais mérito que tenha, não pode salvar-se. A salvação do homem não pode ser obra do próprio homem.

• Só Deus, para quem tudo é possível, pode salvar o homem. A salvação do homem consiste em este ter pleno acesso à vida de Deus e viver eternamente no seu amor. Ora, só Deus pode, por sua iniciativa, absolutamente livre e gratuita, oferecer-se ao homem e acolher o homem na sua vida. Assim, a salvação do homem é obra de Deus.

• Só Deus pode salvar o homem. E não só pode como também quer e tudo faz para que tal aconteça. Deste modo, aquilo que é impossível torna-se possível.

2.”Que hei-de fazer para alcançar a vida eterna?”
Se só Deus pode salvar e se a salvação é dom de Deus, tem realmente sentido a pergunta daquele homem? Pela resposta de Jesus, podemos concluir que sim, ou seja, o homem tem necessidade de saber o que deve fazer para que a salvação aconteça na sua vida.

• Na verdade, só Deus pode salvar, só Deus, no seu infinito amor, pode abrir ao homem as portas da vida eterna. No entanto, o homem precisa de acolher a oferta de Deus e de lhe corresponder com a sua vida, aderindo a Ele com toda a sua mente, com todo o seu coração e com todo o seu ser.
• Sim, Deus quer que todos os homens se salvem, mas não salva nenhum homem sem que este dê o seu consentimento, sem que este mostre com a sua vida que realmente quer ser salvo por Ele.
• Para que a salvação aconteça na sua vida, o homem precisa, antes de mais, cumprir os mandamentos. O cumprimento dos mandamentos está ao alcance do homem, de todos os homens.


3. Mas não basta o simples cumprimento dos mandamentos. Jesus exige algo mais e mais radical. Àquele homem, Jesus pede-lhe que se desprenda dos seus bens, que distribua o dinheiro pelos pobres e que, depois, já plenamente livre, O siga como discípulo.

• Com estas exigências, Jesus ensina-nos que o homem deve colocar Deus em primeiro lugar e amá-lo acima de todas as coisas. A riqueza:

  • Não pode ocupar o coração do homem, roubando o lugar que pertence a Deus.
  • Não pode tornar o homem cego em relação às necessidades dos pobres.
  • não deve impedir o homem de seguir Cristo com total liberdade interior, de alma e de coração.

Jesus afirma, com insistência e sem contemplações, que é muito difícil aos ricos entrar no reino de Deus. A riqueza é um obstáculo à salvação do homem, quando é adquirida injustamente, quando leva o homem a esquecer Deus ou a convencer-se de que não precisa de Deus, quando torna o coração do homem insensível à sorte do seu semelhante.

• Jesus liga a exigência do desprendimento ao convite a segui-l’O. E, facilmente, compreendemos este facto. Na verdade, sendo Ele o único Salvador, seguir Jesus, na fidelidade ao seu Evangelho, é condição indispensável para chegar à salvação de Deus.

4. “Quem pode então salvar-se?”
E tu, estás efectivamente preocupado com isso?
Queres realmente salvar-te?
Para tal, estás disposto a dar a Deus a oportunidade de te salvar?

“Que hei-de fazer?” Tu já sabes o que deves fazer, qual a atitude que deves assumir perante Deus, qual o caminho que deves percorrer.
Segue Jesus e sê coerente! Isto te basta!

06/10/2006

A FAMILIA NO PLANO DE DEUS

Vivemos num tempo em que os Valores da família são por muitos ignorados ou esquecidos.
As leituras bíblicas de hoje dão-nos a oportu-nidade de reflectir sobre a dignidade do Matrimonio cristão, dentro do maravilhoso Plano de Deus..

A 1 leitura fala-nos de Deus que criou o Homem e a Mulher, para se completarem, para se ajudarem, para se amarem. (Gn 2,18-24)
- Apesar de possuir o domínio sobre todas as criaturas, o homem não está plenamente realizado. Sente uma profunda SOLIDÃO.
- DEUS preenche a sua solidão, ao criar a mulher, dotada da mesma natureza e da mesma dignidade. Homem e Mulher complementam-se e os dois juntos levam a bom termo a obra do Criador.

* O texto não é uma reportagem dos factos passados, mas uma CATEQUESE.

1) A solidão é uma experiência terrível para a pessoa humana. Mesmo na abundância de bens materiais, o homem não é feliz. Deus criou o homem e a mulher à sua imagem e semelhança. É na partilha de vida e de amor que o homem encontra a realização plena de sua existência.

2) Homem e mulher são iguais em dignidade. Eles são "da mesma carne", iguais no seu ser, partícipes do mesmo destino; completam-se um ao outro e ajudam-se mutuamente para atingirem a realização. Esta realidade exige que homem e mulher se respeitem e exclui qualquer atitude egoísta de dominação.

3) Unidade: "Tornar-se-ão uma só carne" = uma só pessoa... Uma fusão não apenas dos corpos, mas na sua totalidade: corpo e alma: com os seus projectos, os seus sentimentos, os seus ideais, as suas tendências, as suas esperanças, as suas amizades... A SUA FÉ...

No Evangelho, Jesus é questionado acerca do DIVÓRCIO (Mc 10,2-6)
- Cristo responde: Moisés permitiu por causa da dureza do vosso coração… Mas desde o começo da Criação, Deus os fez homem e mulher. Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe, e os dois serão uma só carne... Portanto, o que Deus uniu o homem não separe”.
- Diante da posição do Mestre, os discípulos ficam perplexos...
- E Jesus conclui: "Quem despede a sua mulher e se casa com outra, comete adultério"

* O divórcio e a poligamia não fazem parte do projecto de Deus. Jesus reafirma a unidade e a indissolubilidade do matrimonio e condena o divórcio e a poligamia. Cristo até admite a separação (em último caso), mas não um novo casamento.
Numa época, em que muitos procuram destruir ou desfigurar a família, é urgente proclamar o Plano de Deus sobre o Matrimonio e a Família. Não é uma norma da Igreja, é o Plano de Deus, reafirmado por Cristo.

+ O texto termina com uma referência às CRIANÇAS, as maiores vítimas de uma família fragmentada:
- As mães levam os seus filhos a Jesus para que os abençoe.
- Os apóstolos impacientes tentam-nas impedir…
- JESUS: "Deixai vir a mim as crianças. Não as proibais, porque o Reino de Deus é dos que são como elas… Ele abraçava as crianças e as abençoava, impondo-lhes as mãos".

* Os esposos não podem pensar só em si mesmos, esquecendo os filhos… A Missão dos pais, é repetir o gesto das mães israelitas: levar os filhos a Jesus, para que, abençoadas por ele, conservem a inocência e sejam um dia recebidas no reino dos céus, preparado para elas.

+ A nossa atitude para com os divorciados:
- Acolher, integrar, compreender e ajudar aqueles a quem as circunstâncias da vida impediram de viver o projecto ideal de Deus.
- Sem renunciar ao "ideal", que Deus propõe e Jesus reafirma no Evangelho.

A felicidade de uma família só existe quando há COMUNHÃO: - entre os esposos - com os filhos e - também com Deus…
Rezemos para que as nossas famílias sejam a família que Deus quer: "Santuário da vida" e "Berço do Amor e da Fé".

01/10/2006

“Quem me dera que todo o povo do Senhor fosse profeta”

Enquanto Josué se sente incomodado com o facto de Eldad e Medad estarem a profetizar no acampamento, Moisés gostaria que todo o povo fosse profeta “e que o Senhor infundisse o seu Espírito sobre eles”. Se todo o povo fosse profeta, como seria mais fácil conduzir o povo e como ele seria mais fiel ao Senhor!
Deus tem sido intencional e progressivamente banido da sociedade. Deus foi considerado como um estorvo à felicidade do homem e ao desenvolvimento dos povos.
  • Baniram Deus para, depois, questionarem todos os princípios e valores morais.
  • Baniram Deus em nome da liberdade e da felicidade do ho-mem. E, ao privarem o homem de Deus e da sua dimensão espiritual, limitaram drasticamente a sua liberdade e os seus horizontes existênciais, reduzindo-o a um escravo da sociedade de consumo.
  • Baniram Deus da sociedade e com ele quiseram eliminar os valores humanos, morais e espirituais. Deste modo, pretendiam resolver certos problemas sociais e emancipar definitivamente o homem.

No entanto, sem Deus e sem os valores que dele derivam, muitos foram os problemas que mais rapidamente surgiram e para os quais se torna mais difícil encontrar uma solução adequada.
Referimos apenas o que diz respeito à família e às questões relacionadas com a educação.

  • Nunca como hoje a família esteve tão ameaçada. Antes de mais, é o próprio conceito de família que se divulga; depois, são os ideais de vida familiar que se propõem e promovem nos meios de comunicação; são os negócios que se permitem e que atentam contra a fidelidade e estabilidade familiar.
    Hoje, é preciso dizê-lo sem medo, há muita gente que ga-nha dinheiro fácil e enriquece agindo contra o casamento e a família. É verdade que toda a gente tem direito a ganhar a vida. Mas também é verdade que toda o gente a deve ganhar honestamente e com dignidade.
    As pessoas que optam por um modo de vida que atenta cla-ramente contra o amor e a família, sejam elas quem forem e venham donde vierem, não podem ser bem vindas em ne-nhum lugar. Ainda que as tenhamos de respeitar enquanto pessoas, não podemos aprovar as suas opções e a sua con-duta.
  • No que se refere à educação, consequência de uma educação sem Deus e sem valores, a situação é também preocu-pante e sem uma solução credível à vista.
    Quiseram uma educação sem disciplina e sem respeito, sem regras sem normas, sem rigor e sem exigências. E o resultado está aí. As queixas dos pais e dos educadores começam a ser muitas. Mas que podem esperar eles, atendendo à educação que dão?
    Hoje, a maior parte dos pais e uma parte considerável de educadores não têm, porque os não vivem, os valores que devem transmitir. E uma educação sem valores não é, seguramente, educação.
    E enquanto não houver a lucidez e a humildade necessárias para reconhecer e enveredar pelo justo caminho da educação, não será possível nenhuma reforma eficaz do sistema educativo, nem será encontrada uma justa solução para os problemas que a afectam.

    5. Sem os horizontes de Deus, sem a luz da fé e sem o suporte dos valores, o homem fica mais limitado e fragilizado na hora de enfrentar os desafios da vida e de encontrar uma resposta para eles.
    Assim, muitos desistem de coisas fundamentais da vida:
    · uns desistem do casamento e da família,
    · outros desistem de educar os filhos,
    · outros ainda desistem dos seus sonhos e ideais.
    · Numa palavra, sem Deus, com mais facilidade e com menos razões, as pessoas conformam-se com a realidade e desistem de viver, resignando-se a uma existência sem esperança e sem sentido.

O novo pároco tomou posse da Paróquia de Maçal do Chão

Manuel da Rocha Felício, Bispo da Guarda, no uso dos direitos e competências que lhe são concedidas pela Sé Apostólica.
Desejando prover à cura pastoral da paróquia de Santo Estevão de Maçal do Chão, arciprestado e concelho de Celorico da Beira, e atender ao bem comum de toda a nossa Comunidade Diocesana,
Havemos por bem
Nomear pároco desta Paróquia de Santo Estevão de Maçal do Chão, a teor do cânon 523 do Código de Direito Canónico, o Rev.do Carlos Manuel Gomes Helena, com todas as competências, direitos e deveres que o Direito Canónico lhe confere no exercício da sua missão.
Assim, de acordo com o cânones 528 a 530, são deveres do Pároco, entre outros, os seguintes:
  1. Anunciar a Palavra de Deus e formar os fiéis leigos nas verdades da Fé, mediante a homilia, que é obrigatória aos Domingos e dias Santos de guarda, e também mediante a acção catequética, dirigida a crianças, jovens, adultos e famílias, sem descurar o anúncio do Evangelho aos não crentes, ou indiferentes ou afastados da vivência da Fé Católica. (confira cânone 528, parágrafo 1º)
  2. Procurar que a Eucaristia principalmente na assembleia do Domingo seja o centro da vida da comunidade paroquial dos fiéis e que os outros sacramentos sejam preparados e celebrados com dignidade, para além de estimular o hábito e a prática da oração nas pessoas, nas famílias e nos grupos. (confira cânone 528 §2°)
  3. Fomentar a relação pastoral com todos os fiéis e grupos de fiéis ue lhe estão confiados. Para isso visitará as famílias, partilhando as suas alegrias e esperanças, mas também procurando consolá-los e animá-las, com as razões da Fé, nos momentos de dor e angústia; estará perto dos que mais sofrem, os deslocados, os idosos e os moribundos; visitará as escolas e outras instituições na Paróquia para serviço de crianças, jovens, adultos, famílias e idosos; saberá distribuir responsabilidades pelos fiéis leigos, individualmente ou organizados em associações de fiéis, procurando prepará-los, o melhor possível, para o exercício dessas mesmas responsabilidades. (confira cânone 52 )
  4. Para além das funções específicas que são cometidas especialmente ao Pároco, a teor do cânone 530, compete-lhe, por determinação do cânone 535, velar pelos livros de registo e pelo arquivo paroquial, assim como gerir com rigor o património da Paróquia para serviço da acção pastoral.

São direitos do Pároco, entre outros, os seguintes:

  1. Ser bem acolhido por toda a comunidade paroquial, enquanto representante de Cristo Bom Pastor, em comunhão com o Bispo e com os outros padres do nosso Presbitério.
  2. Ter a colaboração dos leigos e grupos de leigos da paróquia, tanto na elaboração das decisões pastorais como na sua execução. O Conselho Paroquial para os assuntos económicos e o Conselho Pastoral paroquial, referidos nos cânones 536 e 537, são dois bons instrumentos para garantir esta colaboração estreita entre o Pároco e toda a comunidade paroquial.
  3. Que lhe sejam garantidos os meios materiais indispensáveis para o exercício da sua missão. É essa a recomendação feita pelo cânone 281, parágrafo 1°, quando diz: "Os clérigos, quando se dedicam ao ministério eclesiástico, merecem uma retribuição condigna com a sua condição, de modo que possam prover às suas necessidades e à justa retribuição daquelas pessoas de cujo serviço necessitam".
    Isto, sem prejuízo das recomendações feitas no cânone 282, parágrafo 1°, sobre a simplicidade e o espírito pobreza que deve caracterizar a vida dos presbíteros.

Por isso, a Paróquia, sobretudo através da organização do Fundo económico paroquial, previsto no cânone 531, cuidando as fontes que o alimentam, nomeadamente o contributo paroquial dos fiéis e das famílias, que substitui a antiga côngrua, procurará garantir a subsistência digna do seu Pároco.
Deste decreto serão feitas 3 cópias. Uma fica arquivada na Cúria Diocesana, outra é enviada ao nomeado e outra à paróquia, para arquivar. Será lido publicamente no acto da tomada de posse do pároco agora nomeado, o qual emitirá então, perante a assembleia, a Profissão de Fé e o Juramento de Fidelidade prescritos.
Do solene acto da tomada de posse será lavrada acta em livro próprio e desta se enviará cópia à Cúria Diocesana no prazo dos 15 dias subsequentes.
O presente decreto terá efeitos a partir da tomada de posse, que ocorrerá não mais de 2 meses a partir desta data, em dia a acordar entre o novo Pároco, o pároco cessante e o arcipreste.

Dado na Guarda, no dia 19 de Setembro de 2006.
+Manuel da Rocha Felício, Bispo da Guarda