01/01/2010

"Felizes os construtores da paz, porque é deles o Reino dos Céus"

No início de mais um ano, somos, normalmente, pródigos nos votos de “Feliz Ano Novo”, de um novo ano com saúde e paz.
Também somos generosos nos sonhos para o nosso futuro!
É bom e simpático formular tais votos.
Faz-nos bem sonhar um mundo melhor!
Mas também devemos pensar no que podemos fazer para que os votos e os sonhos se tornem realidade.
- Que fizemos ao longo do ano que agora finda, que dê credibilidade e consistência aos nossos votos e aos nossos sonhos, e que nos permita acreditar que o novo ano poderá ser real-mente melhor?
- Que tempo e que atenção demos a Deus e à comunidade cristã, à família e aos vizinhos?
- Qual foi o grau de partilha da nossa vida e dos nossos bens em relação àqueles que, de perto ou de longe, nos interpelaram com as suas necessidades e os seus problemas?
- E em relação ao futuro, que investimentos estamos dispostos a fazer na linha da verdade e do amor, da tolerância e do perdão, da solidariedade e da justiça, para vencermos o nosso egoísmo, a nossa indiferença, o nosso comodismo e a nossa mediocridade?
- Fazemos algum projecto e estamos dispostos a cumpri-lo, para sermos cristãos e cidadãos mais conscientes e comprometidos na vida da Igreja e da sociedade, durante o ano de 2010?
O mundo não é melhor por falta de boas intenções,
belas palavras e promessas de sonho.
O que falta são as boas obras e o compromisso da vida!
  • Se queres que este novo ano seja realmente um ano novo e um tempo de paz, não fiques à espera que os outros façam tudo ou que dêem eles o primeiro passo. Pelo contrário, faz o que está ao teu alcance e é tua missão fazer, investindo nessa causa todos os talentos que recebeste de Deus. Se não fazes a tua parte, mesmo que a paz aconteça à tua volta, nunca chegarás a saboreá-la verdadeiramente.
  • Se sinceramente queres a paz, volta o teu coração e a tua mente para Deus, esvazia-te do teu egoísmo e abate o teu orgulho, renuncia à tua ambição e desiste da tua ganância, aceita a tua fragilidade e reconhece os teu erros, toma consciência de que precisas de Deus e de que só com Ele serás plenamente livre e feliz. Sem a conversão do homem a Deus não é possível a paz, não é possível experimentar e saborear a paz.

Se queres a paz, ama os teu inimigos, perdoa a quem te ofende, faz bem a quem te prejudica, abençoa quem diz mal de ti, reza por aqueles que te fazem sofrer, partilha com todos a tua vida, a riqueza do teu coração, ama como queres ser amado.

Sem amor não é possível obter e saborear a paz.

  • Se queres a paz, “não ambiciones grandezas nem coisas superiores a ti”; não procures subir na vida e chegar mais longe do que os outros, passando por cima deles, desvalorizando as suas qualidades e desprezando o seu valor; não exijas que os outros vivam em função de ti e subordinem os seus aos teus interesses. Pelo contrário, coloca-te ao seu serviço, consciente de que o mais importante aos olhos de Deus é o que serve mais e se faz servo de todos. Sem humildade e espírito de serviço não é possível conquistar e saborear a paz.
  • Se queres a paz, “tem fome e sede de justiça”; reparte o que tens com quem precisa e não te apropries daquilo que não te pertence; coloca-te do lado dos mais fracos e defende os seus direitos, começando por cumprir os teus deveres para com eles; luta pela justiça, começando por ser justo no que dizes e no que fazes bem como nas tuas relações familiares e sociais. Sem justiça não é possível alcançar e saborear a paz.
  • Se queres a paz, constrói a tua família sobre a rocha firme da palavra de Deus; vive com fidelidade e alegria o amor conjugal e ama os teus filhos mais do que a ti mesmo; educa os teus filhos na verdade e no amor de Deus e faz da tua casa uma escola de valores humanos e espirituais, consciente de que os teus filhos são também cidadãos do mundo; na procura da tua felicidade pessoal nunca comprometas nem sacrifiques o bem e a felicidade da tua família, sobretudo dos teus filhos. Sem a paz nas famílias não é possível atingir e saborear a paz.

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